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Passadeira perigosa em Benavente

Passadeira perigosa em Benavente

Habitantes entregaram abaixo-assinado na câmara municipal onde exigem medidas para acabar com os atropelamentos na passadeira na Estrada Nacional 118 em frente ao Largo Santa Cruz. Excesso de velocidade e falta de sinalização contribuem para acidentes graves com mortos.

A passadeira colocada na Estrada Nacional 118, no Largo de Santa Cruz, em Benavente, devia ser um factor de segurança para os peões mas está a tornar-se uma passagem perigosa. A população queixa-se dos constantes atropelamentos, alguns mortais, acima de tudo devido ao excesso de velocidade das viaturas que ali circulam. Maria Henriqueta, de 83 anos, moradora no local há 45 anos, escapou por pouco a um atropelamento e já perdeu a conta aos acidentes no local envolvendo peões mas lembra-se de três pessoas que morreram desde que a passadeira foi colocada. “Esta passadeira é um perigo, está mal feita. Há aqui muita gente da minha idade que tem muitas dificuldades em atravessar e muitos já lá foram atropelados. Eu própria já lá ia sendo atropelada, juntamente com o meu neto. O condutor que vinha depressa de mais, travou a fundo e no final ainda me insultou como se a culpa fosse minha. Ele vinha claramente em excesso de velocidade, tal como a maioria dos condutores”, afirma Maria Henriqueta.A situação já levou um grupo de moradores a entregar um abaixo-assinado na câmara municipal, queixando-se do excesso de velocidade, da falta de visibilidade na passadeira e a exigirem medidas para prevenir os atropelamentos. “Falta um sinal. Se ali houvesse um sinal de passagem de peões eles eram obrigados a parar. Mas assim fica entregue à consciência de cada um. Temos de ter muito cuidado. À noite então ainda é mais complicado”, sublinha Maria.Outro problema é a proximidade de escolas, o que faz com que a passadeira seja usada por muitas crianças para acederem aos estabelecimentos de ensino ou mesmo à paragem dos autocarros que fica a menos de 10 metros da passadeira. Apesar da existência de bandas sonoras e de placas de aviso de limite de velocidade as situações de perigo são “constantes”, descreve Maria Henriqueta. O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, na sequência do abaixo-assinado, refere que tem mantido contactos com a empresa pública Infraestruturas de Portugal para colmatar os problemas. “Há registos de acidentes com mortos nos últimos anos, não só na passadeira, mas também um pouco fora dela. Está identificada a necessidade de fazer algumas rotundas na entrada de Benavente para reduzir velocidades, esse era um dos locais, mas a equipa de projectistas que tinha o projecto em mãos faliu e, por isso, temos de adoptar novas medidas para minimizar os perigos”, explica.
Passadeira perigosa em Benavente

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