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Utentes dizem que mudança de horários na Linha de Azambuja foi “golpe baixo”

Utentes dizem que mudança de horários na Linha de Azambuja foi “golpe baixo”

Abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas vai ser entregue à administração da CP
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) diz que a recente alteração dos horários na Linha da Azambuja - que serve os concelhos de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira e Azambuja - foi um “golpe baixo” para os utilizadores do comboio e reclama mudanças imediatas.O MUSP está a concluir um abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas que vai entregar à administração da Comboios de Portugal (CP), já depois do fecho desta edição, exigindo à empresa que reponha os horários que vigoraram até 13 de Junho e, caso seja necessário, que os adapte às reais necessidades dos utentes. “A CP ter alterado os horários sem consultar os utentes, a câmara e as comissões de utentes foi um golpe baixo, não foi correcto. Não ouviram as pessoas que são a principal parte interessada no problema”, lamenta Carlos Braga, membro da direcção nacional do MUSP a O MIRANTE. O responsável diz que as alterações introduzidas pela CP, e entretanto revogadas em parte depois de uma reunião com a Câmara de Vila Franca de Xira, “estão longe de corresponder às necessidades dos utilizadores” da linha de comboio. Carlos Braga admite que se não fosse o período das férias seria possível “obter muitas mais assinaturas” porque, lamenta, “o descontentamento é grande”. Para o membro do MUSP o facto da empresa pública não ter feito qualquer tipo de inquérito prévio aos utentes foi “inadmissível” e lamenta que as alterações tenham sido introduzidas no Verão, quando muita gente está fora da região de férias.“O que nós esperamos é que este abaixo-assinado possa levar a empresa a ponderar esta situação e a recuar nas alterações que introduziu nos horários de forma a que se possa dar resposta às necessidades efectivas de mobilidade da população”, sublinha.Além dos horários, o movimento de utentes lamentou também, em conferência de imprensa realizada na estação de comboios de Alverca, a escassez de comboios nas horas de ponta, a obrigação de fazer transbordos na Gare do Oriente para quem deseja seguir para Alcântara-Terra e a reposição do comboio nocturno entre a Castanheira e Lisboa, que por ter sido colocado com última partida às 00h06 não serve quem trabalha até à meia-noite.Recorde-se que na última semana a CP pediu desculpa à Câmara de Vila Franca de Xira por não a ter consultado antes de introduzir os novos horários e repôs algumas das situações que geravam mais queixas dos utentes. A empresa de transportes ferroviários já tinha explicado a O MIRANTE que a decisão de alterar os horários decorreu de estudos realizados no terreno e de monitorizações da procura ao longo dos últimos três anos, que permitiu identificar “novas soluções” que iriam “incrementar os níveis do serviço prestado” aos utentes.
Utentes dizem que mudança de horários na Linha de Azambuja foi “golpe baixo”

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