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Patrícia Martins

Patrícia Martins

Assistente administrativa, 36 anos, Coruche

Embora não tenha muita paciência para estar a escolher as coisas em saldos é realmente uma altura em que me desloco mais às lojas. Tento aproveitar os saldos para comprar roupa e sapatos para a estação seguinte.* * *Estava a passear em Lisboa com o pai do meu filho e ele tirou do bolso um pequeno embrulho, entregou-me e disse: “encontrei e achei que te ficava bem, por isso resolvi comprar para te oferecer”.

Concorda com a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo? Tudo o que seja afastar a população do seu hospital é muito mau. As pessoas hoje em dia já têm muita dificuldade em deslocar-se para ir ao médico e essas deslocações são cada vez mais dispendiosas e menos suportadas pela Segurança Social. Afastar valências de saúde dos utentes é de facto negativo, na minha opinião.Campo ou praia? Apesar de gostar muito do mar, não consigo estar mais de 15 dias de férias na praia. Como moro perto da Lezíria, adoro o campo e não vivo sem ele.Já alguma vez escreveu num livro de reclamações? Acho que nunca escrevi porque não sou suficientemente forte para o fazer. Nenhum serviço é perfeito e não conseguimos agradar a toda a gente, mas eu não tolero a falta de simpatia de alguns empregados.Tem aproveitado a época de saldos? Embora não tenha muita paciência para estar a escolher as coisas em saldos é realmente uma altura em que me desloco mais às lojas. Tento aproveitar os saldos para comprar roupa e sapatos para a estação seguinte. Gosto sobretudo de comprar sapatos, mas nestes saldos ainda só comprei uns vestidos e umas camisolas mais frescas.Gosta de futebol? Adoro (risos). Jogo futebol numa equipa de futsal feminino em Coruche. Para além do futebol, gosto também de ler e de passear com o meu filho.Acha que O Coruchense ficou em boas mãos com a nova direcção? Sou um bocadinho suspeita para falar do Dionísio Mendes. Fui presidente do clube de futsal feminino durante quatro anos e tive uma grande ajuda por parte dele. Sinceramente, acho que o Dionísio Mendes vai fazer um bom trabalho como presidente do Coruchense. Com o Ricardo Santos também foi feito um óptimo trabalho: basta vermos que O Coruchense foi um clube à beira de acabar, cheio de dívidas e ele predispôs-se a continuar com aquele projecto. Tem realmente valor. No entanto, sou apologista de que de tempos a tempos os cargos devem ser renovados. É preciso sangue novo porque as direcções começam a ganhar vícios.O que é que acha das mulheres portuguesas? Lindas e simpáticas (risos). São muito hospitaleiras e um bom postal de boas-vindas para os imigrantes, não só os homens.Qual foi a coisa mais chocante que já viu na sua vida? Uma vez fui à baixa lisboeta e vi um senhor com uma série de tumores na cara que estava completamente deformado. Não se distinguiam os olhos, nariz ou boca. Ele andava a pedir e isso marcou-me muito. Na altura acabei por lhe dar alguma ajuda.Gosta de comida picante? Gosto da comida bem temperada, mas não consigo mesmo comer picante. Se meto um pedaço de comida na boca com picante, automaticamente tenho de o tirar porque fico aflita.A vila de Coruche está deserta à noite? Na altura do Verão é diferente porque o município tem sempre programas ao sábado à noite, com peças de teatro, bandas e música. De Inverno a vila está mesmo deserta. Como se costuma dizer: “santos da casa não fazem milagres”. Mesmo quando havia mais sítios para as pessoas saírem, muitas preferiam sair de Coruche e os estabelecimentos foram fechando.Qual a cena mais romântica que lhe fizeram? Estava a passear em Lisboa com o pai do meu filho e ele tirou do bolso um pequeno embrulho, entregou-me e disse: “encontrei e achei que te ficava bem, por isso resolvi comprar para te oferecer”. Eram uns brincos muito bonitos que eu adorei. Foi uma situação que realmente me marcou.Os patrões aproveitam-se mais dos empregados? Sim mas também acho que estamos a atravessar uma fase em que os próprios funcionários não respeitam o seu trabalho. Estou há 16 anos numa clínica e só faltei quando estive grávida. Até com o pé partido fui trabalhar. É verdade que os patrões cada vez mais utilizam o ordenado mínimo para ser a regra quando as responsabilidades e as horas de trabalho exigem muito mais que esse valor. Mas também é verdade que as próprias pessoas preferem ficar em casa com o fundo de desemprego do que ir trabalhar.
Patrícia Martins

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