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Emigrantes não gostaram da alteração da data da festa

Não houve aviso antecipado e muitos já regressaram ao trabalho

Organização desmente que a alteração da data habitual tenha sido uma exigência da TVI, estação de televisão que faz uma transmissão em directo das actividades do primeiro dia. A explicação oficial é que a mudança foi feita para a festa de Samora Correia não coincidir com a de Coruche.

A mudança de data das festas da cidade de Samora Correia, em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e de Nossa Senhora de Guadalupe, está a causar polémica. Habitualmente as festas têm lugar na segunda semana de Agosto para apanhar o dia 15 mas este ano a organização, a cargo da Associação Recreativa e Cultural dos Amigos de Samora (ARCAS), marcou as festividades entre 20 e 24 de Agosto. Muitos emigrantes contestam a data por já terem férias marcadas de propósito para a festa e, pelo avançar da data, já não poderem assistir às mesmas. Também habitantes da terra criticam a data e atribuem a culpa à presença da televisão, nesta caso a TVI, com o programa “Somos Portugal”.Desde relatos presenciais a críticas deixadas nas redes sociais, várias foram as formas que alguns emigrantes encontraram para expressar a sua indignação pela alteração da data, contemplando sempre um dia para homenagear o emigrante. Eduardo Romano, natural de Samora Correia e emigrante há vários anos, expressou a tristeza por não poder estar nas comemorações.“Caros colegas e amigos de Samora Correia, como samoreno, venho mostrar a minha tristeza por terem alterado a data da Festa de Samora sem pré-aviso. Considero uma falta de respeito por todos os que, como eu, se encontram no estrangeiro a trabalhar e marcam as suas férias para o feriado de Agosto, semana das festas de Samora. Sei que por causa de um programa de televisão foram alteradas as datas, dinheiro óbvio, as festas são e serão para todos os samorenos (…) sempre foi respeitado a data das festas, a cultura, a família. A chegada dos samorenos no estrangeiro era sempre uma alegria, palavras de alguém que durante 37 anos se lembra de todas as festas (…), peço que respeitem a cultura e as datas pois Samora é mais do que um programa de televisão”, escreveu na sua página de facebook.Foram vários os cidadãos que, contactados por O MIRANTE, não se querendo identificar, deixaram as mesmas críticas. Confrontada com estas posições, a presidente da ARCAS, Dora Coutinho, explicou que a alteração da data nada tem a ver com a presença de um programa televisivo. “A festa é sempre na segunda semana de Agosto, por isso não há grande alteração. Mexemos na data para não coincidir com as festas de Coruche, porque não é benéfico coincidirem. Não teve nada a ver com a vinda do programa televisivo, até porque só há cerca de mês e meio é que tivemos a certeza que vinha uma televisão. Temos a consciência de que, ao alterarmos a data da festa não podemos agradar a gregos e a troianos. Infelizmente alguém vai sempre ficar descontente. É pena é que não se queixem directamente à organização”, explicou.

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