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“Tudo o que faço no meu dia-a-dia ajuda a salvar vidas”

“Tudo o que faço no meu dia-a-dia ajuda a salvar vidas”

Alexandre Tadeia é presidente e um dos fundadores da Búzios - Associação de Nadadores Salvadores de Coruche

A paixão pela água e a vontade de ensinar surgiu ainda na adolescência sobretudo com a sua passagem pelas actividades de tempos livres promovidas pela câmara durante as férias de Verão, primeiro como participante e depois como monitor.

Prevenir o afogamento é uma missão que Alexandre Tadeia, presidente da Búzios - Associação de Nadadores Salvadores de Coruche, abraça todos os dias de corpo e alma. Tudo o que faz no seu dia-a-dia pode ajudar a salvar vidas seja no papel de nadador-salvador ou de formador em cursos de salvamento, socorrismo ou condução de emergência e defensiva.Foi precisamente com o objectivo de salvar vidas que Alexandre Tadeia ajudou a fundar a Búzios, em 1995, dois anos depois de frequentar um curso de nadador-salvador promovido na vila. “Nos anos 90 morriam dezenas de pessoas do concelho de Coruche afogadas sobretudo nos açudes da Agolada e do Monte da Barca”, recorda o nadador-salvador de 39 anos. Qualificar o papel do nadador-salvador e as suas condições de trabalho eram também grandes objectivos numa época em que “os nadadores-salvadores tinham basicamente o mesmo material de salvamento que os banheiros tinham há décadas”.Para além de ser presidente da Búzios e formador, Alexandre é também presidente da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, sediada em Coruche, e professor assistente na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, onde dá aulas vocacionadas para o salvamento a alunos do Curso de Especialização Tecnológica de Manutenção de Piscinas. Para lá dessas funções, dedica-se a investigações na área do salvamento, tendo já escrito alguns artigos científicos sobre o tema. Um trabalho de investigação reconhecido no convite para ser palestrante na Conferência Mundial de Prevenção em Afogamento.Os seus dias de trabalho são muito preenchidos. Nunca trabalha menos de nove horas diárias e pelo menos uma hora é obrigatoriamente dedicada à leitura de manuais técnicos sobre salvamento. Fora do trabalho, dedica os tempos livres à família e à prática de exercício físico seja natação, canoagem, futebol ou exercícios de ginásio. “Tenho muitas dificuldades em estar quieto”, confessa.Apesar de muitos pensarem que a sua formação académica está relacionada com o desporto, Alexandre é licenciado em Informática de Gestão pela Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém. O “boom” da era informática e as desafiantes perspectivas das novas tecnologias, levaram-no a tirar um curso profissional em Informática de Gestão na Escola Profissional de Salvaterra de Magos e a continuar a formação ao nível da licenciatura.Na informática, sempre teve uma maior aptidão para a área da programação e acredita ter sido daí que bebeu o sentido de organização na sua vida profissional e pessoal. Um bom exemplo disso é o facto de sempre ter conciliado a frequência da licenciatura com a leccionação de aulas de informática nas escolas profissionais de Coruche e Salvaterra de Magos.Trineto de um barqueiro e descendente de uma família com fortes ligações ao rio, a paixão de Alexandre pela água e a vontade de ensinar surgiu ainda na adolescência sobretudo com a sua passagem pelas actividades de tempos livres promovidas pela câmara durante as férias de Verão, primeiro como participante e depois como monitor. Durante alguns anos foi também monitor e coordenador da Colónia Balnear da Nazaré. Nascido e criado em Coruche não se negou ainda a participar em algumas campanhas da vindima quando era mais novo.
“Tudo o que faço no meu dia-a-dia ajuda a salvar vidas”

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