Câmara de Tomar vai apoiar vítimas do incêndio de Julho
Proposta do vereador do movimento Independentes por Tomar foi aprovada por unanimidade
Apesar de não concordar na totalidade com a proposta do vereador do movimento Independentes por Tomar (IpT), Pedro Marques, sobre o apoio à população prejudicada com o incêndio que ocorreu no início de Julho no concelho, a presidente da Câmara de Tomar acabou por aprová-la. Anabela Freitas (PS) começou por dizer que não concordava com o ponto dois da proposta que propõe que o município disponibilize, “com carácter excepcional, (…) meios financeiros que minimizem os prejuízos destes nossos munícipes”. A autarca considera que este ponto poderia abrir precedentes. “Isto é abrir uma ‘caixa de Pandora’ e depois os empresários não vão colocar as suas empresas no seguro à espera que venha um incêndio para que a câmara pague os prejuízos”, referiu.Para aproximar a sua proposta da ideia de Anabela Freitas, Pedro Marques acrescentou que esse apoio deve ser dado com “carácter excepcional” e todos os casos devem ser analisados um a um. O vereador da coligação que gere a Câmara de Tomar, Bruno Graça (CDU), sugeriu que a proposta do vereador independente viesse para aprovação camarária depois de contabilizados todos os prejuízos do incêndio de 7 de Julho. Apesar das críticas, e depois de Bruno Graça dar a sua opinião sobre o assunto, Anabela Freitas acabou por aprovar a proposta, que obteve unanimidade do executivo municipal.O vereador João Tenreiro referiu que o PSD estava de acordo com a proposta de Pedro Marques e sublinhou que o município deveria apoiar as pessoas lesadas com o incêndio. “Não é pagar a totalidade dos prejuízos mas minimizá-los”, disse. Pedro Marques acrescentou que gasta-se “tanto dinheiro mal gasto nesta câmara que podíamos gastá-lo bem gasto nesta casa de vez em quando”. A proposta do IpT defende ainda que, “de imediato, se dê apoio a quem este incêndio pôs em causa a sustentabilidade da sua actividade económica e poderá pôr em causa postos de trabalho. Neste âmbito deverá contactar-se outras entidades, nomeadamente na área da Agricultura, Florestas e Emprego no intuito de se encontrarem possíveis apoios que possam estar disponíveis para o efeito”, conclui.Fogo deixou rasto de destruição Recorde-se que no dia 7 de Julho (ver edição O MIRANTE 9 Julho 2015) um incêndio com origem em Tomar deixou um rasto de destruição que atingiu também os concelhos de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha, obrigando à mobilização de mais de cinco centenas de operacionais. O incêndio motivou o corte da A23 entre o nó da Atalaia e o nó de Constância e a Estrada Nacional 3 entre Montalvo e Constância. Olga Ferreira foi uma das prejudicadas que viu o projecto empresarial de uma vida reduzido a cinzas nessa tarde de vento que ajudou a propagar as chamas. O incêndio que deflagrou ao início da tarde numa zona de mato na Portela, concelho de Tomar, consumiu todas as suas plantações de ervas aromáticas, estufas, vedações de coelho bravo e colmeias, na localidade da Perdigueira, Tomar. A empresária, de 39 anos, assistiu impotente à força das chamas que lhe levaram os frutos de um projecto financiado pelo PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural.
Mais Notícias
A carregar...