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“É um exagero o que temos em termos de legislação”

“É um exagero o que temos em termos de legislação”

Manuel Paulo, 54 anos, sócio-gerente da empresa Macrofal

Manuel Paulo nasceu em Salvaterra de Magos mas sente-se de Santarém, cidade para onde foi viver aos 13 anos. Chegou a sócio-gerente da Macrofal, empresa ligada ao comércio de gessos e materiais para construção, referência na área dos sistemas de construção em seco, e passa dias inteiros no trabalho, embora também goste das suas corridas, dos passeios com a família e de fazer natação. Não se deixa convencer nem pelo futebol, nem pela política. Quanto à cidade, considera que está praticamente morta.

Só aos 13 anos é que comecei a pensar no que gostaria de ser e escolhi ser engenheiro. Foi quando vim de Salvaterra de Magos, onde nasci, para Santarém. Em criança não tinha desses sonhos de vir a ser isto ou aquilo. Eles só surgiram a partir de uma certa idade, quando comecei a ter noção das coisas. Não deixo de fazer nada para ver um jogo de futebol. Nunca fui muito entusiasta em relação à bola e não sou adepto de nenhum clube. Acompanho o futebol mas à distância. Naturalmente que vou ouvindo as notícias e tenho uma noção dos clubes e das polémicas mas é algo que me passa um bocado ao lado. Mas gosto de ver futebol, claro que gosto, especialmente os jogos da selecção.As pessoas nem sempre têm noção daquilo que precisam. Só sabem que têm um problema e procuram uma solução. Ajudá-las a encontrar essa solução, dando-lhe informação sobre materiais e sobre aquilo que pode resolver o problema deles, é uma das partes do meu trabalho que me dá mais prazer. O meu dia de trabalho começa por volta das 7h30 e acaba com a chegada a casa por volta das 20h00. Começo por ver o que tenho em agenda, preocupo-me em responder todos os dias aos contactos que tenho por e-mail, carta ou telefonemas que fiquem registados. Vejo com o departamento financeiro como é que estamos em relação às indicações que vou dando, dou uma vista de olhos pela facturação e a partir daí o dia-a-dia tem a ver com reuniões, com visitas a clientes ou com deslocações à nossa filial em Évora.Sou muito exigente com os meus colaboradores no que toca a competências e à relação com os clientes. Nós aqui não queremos pessoas mal dispostas nem pessoas que respondam ao cliente com uma palavra. Queremos pessoas que ajudem o cliente. E para ajudar o cliente é preciso fazer-lhe algumas perguntas e depois é preciso saber responder-lhe. Nesta medida sou exigente.Gosto de ter sempre disponibilidade para ajudar os outros. Quanto ao lema da empresa, basicamente é disponibilizar materiais a preços competitivos de forma imediata. A ideia é que o cliente, ao procurar a Macrofal, não precise de se preocupar muito à procura daquilo que necessita porque aqui vai encontrar.A política não me seduz e nunca estive ligado a qualquer partido. Acompanho o que se passa a nível político porque as decisões dos políticos determinam o nosso futuro. Considero que temos legislação a mais. Por causa disso perdemos muito tempo mas temos que estar atentos porque há muitas leis que mexem com as decisões estratégicas das empresas. Não sou daquelas pessoas que andam a chamar nomes aos políticos mas há políticos que não são recomendáveis. Santarém é uma cidade completamente morta. Neste momento não tem nada de atractivo, é uma coisa triste. Acho que a cidade devia ser pensada de uma forma global. Que se traçasse de uma vez por todas um plano que permitisse recuperá-la. Devíamos ter mais acessos à cidade, devíamos ter estacionamento sem ser pago em todo o lado, devíamos conseguir colocar a cidade a funcionar em termos comerciais, tendo lojas com artigos regionais, tendo cafés e pastelarias com história a funcionar. Acho que Santarém tem potencial mas de uma vez por todas tem de ser uma cidade pensada com a intenção de projectá-la no futuro, aproveitando o que temos de bom do passado.Pedro Costa
“É um exagero o que temos em termos de legislação”

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