Esta situação podia ter sido evitada se na altura adequada se tivesse perguntado, mesmo que informalmente, às pessoas o que preferiam. Se não me falha a memória, as Assembleias Municipais foram chamadas a pronunciarem-se e dar contributos para fazer a reorganização das freguesias. No caso de Vila Franca de Xira os eleitos pugnaram pela manutenção das 11 freguesias, não se pronunciando nem dando contributos a algo com que não concordavam. Nunca esteve em causa a extinção das freguesias mas apenas gerir racionalmente os recursos comuns em conjunto. Nos dias que correm pouco nos interessa saber onde está o gabinete do presidente da junta. O que interessa é que haja diálogo e os problemas resolvidos. O assunto não foi levado a sério na expectativa pueril que passados dois anos tudo voltasse a ser como antes. Mas não voltará e as populações estão hoje completamente indiferentes a estas questões, principalmente em meio urbano. Mesmo que alguma oposição tenha dito que reverteria esta matéria será muito pouco provável. Recorde-se que até António Costa (PS), já em 2007, e antes mesmo de ser eleito para a Câmara Municipal de Lisboa, dizia que uma das prioridades para a cidade era a reorganização administrativa. Curiosamente acabou por fazê-la em diálogo e sem grande contestação, antes mesmo da reorganização nacional. Voltando à Calhandriz, historicamente ligada a Alverca, temos agora esta situação bizarra e perfeitamente evitável. É um lugar com pouca população, entre pedreiras e aterros sanitários, com deficientes acessos. O parque desportivo anexo às piscinas (que continuam encerradas) é a bizarria total - propriedade municipal, com manutenção delegada na freguesia Alhandra/São João dos Montes/Calhandriz, que por falta de recursos o mantém encerrado há meses. Para piorar parece que se localiza no território vizinho de Alverca. E esta, hein?Maria Santos