Está agendada para dia 26 de Setembro a inauguração do novo centro de investigação arqueológica do concelho de Vila Franca de Xira, situado na antiga escola primária das Cachoeiras, na União de Freguesias de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras. “O local é feliz e o resultado muito importante para a arqueologia”, informou Alberto Mesquita, presidente da câmara municipal, na última reunião pública do executivo. Desactivada há quase dois anos, a escola foi recuperada e passa a acolher um centro ligado às escavações arqueológicas do Monte dos Castelinhos. Alberto Mesquita já tinha dado conta a O MIRANTE, em Fevereiro, da intenção de ali abrir este centro. “Vamos avançar e todo o património que temos vindo a descobrir no Monte dos Castelinhos vai ser colocado nesse centro de interpretação, sob a orientação dos nossos técnicos e arqueólogos”, explicou, na altura, ao nosso jornal. A iniciativa é do município em parceria com a união de freguesias. O centro de investigação deverá ter uma pequena exposição com os achados arqueológicos do Monte dos Castelinhos, considerado a nível nacional como um dos mais importantes locais para perceber a romanização do vale do Tejo, sendo também o local arqueológico mais importante do concelho. Este será um dos primeiros centros a abrir na região totalmente dedicado à arqueologia. O município tem também ao serviço dois arqueólogos, que têm ao longo dos anos apresentado trabalhos e estudos considerados de grande valor para a compreensão dos povos que, em tempos, ocuparam a região.O Monte dos Castelinhos, situado no alto de Castanheira do Ribatejo, guarda os vestígios de uma cidade romana que se estende por uma área de 10 hectares, que estão, aos poucos, a ser desvendados. É um local que tem cativado os amantes da história e onde, todos os anos, alunos da Faculdade de Letras de Lisboa colaboram nas escavações. A cidade, datada do século I antes de Cristo, terá sido abandonada pouco depois da construção, por motivos que os arqueólogos ainda não conseguem explicar. Já foram encontrados fragmentos de ossos, tijolos, pesos de tear, cerâmica doméstica, aplicações em bronze e um escudo de combate. As primeiras escavações começaram há quase sete anos.