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“O melhor tempo da minha vida foi quando andei a estudar”

“O melhor tempo da minha vida foi quando andei a estudar”

Paulo Moiteiro, proprietário da Atlânticor - brindes publicitários, em Santarém

Paulo Moiteiro tem 51 anos e é proprietário da empresa de brindes publicitários Atlânticor, na qual colaboram a filha e a esposa. O empresário cresceu em Alcanhões com os avós e em criança queria ser piloto de aviões mas acabou por fixar-se no ramo dos brindes publicitários. Gosta de falar com as pessoas olhos nos olhos e por isso privilegia sempre o contacto directo. Gosta de Santarém mas é crítico em relação à situação da cidade. Fica triste quando vê as ruas desertas e o comércio fechado. Desde criança que pratica desporto. Começou no atletismo e foi jogador de futsal. Actualmente faz BTT com os amigos. Os seus colaboradores mais próximos são a sua mulher e a sua filha Marta, com quem fez questão de posar para a fotografia.

Quando era criança queria ser piloto de aviões. Às vezes via aviões a passar no ar e dizia que um dia gostava de pilotar uma coisa daquelas. Nunca fiz nada para isso mas não sei porquê sempre tive a curiosidade de pilotar um avião. Cheguei a ir fazer testes à Força Aérea, influenciado por um amigo, mas os testes não eram para piloto. Ele acabou por ficar e eu não.O melhor tempo da minha vida foi quando andei a estudar. Existe a responsabilidade de estudar mas a vida a sério é só depois de acabarmos a escola. No meu caso estudei em Santarém, na Ginestal Machado e no Liceu Sá da Bandeira. Quanto à infância, passei-a em Alcanhões. Como os meus pais trabalhavam fui criado pelos meus avós. Preenchia o tempo a brincar com os amigos.Pratiquei atletismo durante dez anos e fui jogador de futsal outros dez. O atletismo foi na Associação Popular de Alcanhões. No futsal passei por várias equipas. Sempre gostei de desporto e ainda hoje pratico BTT. Gosto de andar de bicicleta com os amigos. É importante mexermo-nos e não ficarmos enferrujados.O mais gratificante na minha profissão é o contacto com as pessoas. Não me vejo dentro do escritório durante o dia inteiro, mesmo que tenha todo o acesso para fora em termos de internet, telefone. Privilegio sempre o trabalho fora, o contacto com as pessoas. As relações pessoais, olhos nos olhos, são sempre mais duradouras. Em relação ao meu dia-a-dia divide-se entre atender clientes, contactar fornecedores, fazer orçamentos...por aí.Não queremos clientes por um dia mas para toda a vida. Não queremos que os clientes sejam nossos amigos mas queremos que confiem em nós e trabalhamos para isso. Procuramos dar-lhes aquilo que eles pretendem para que sintam que fizeram um bom investimento.Sou exigente com quem colabora comigo. Privilegio o rigor a cem por cento. Às vezes acontece dizerem-me que está tudo bem e logo a seguir fazerem asneira. É um trabalho de grande intensidade. Quando há um problema, temos de fazer com que esse problema seja analisado e corrigido para que não se repita. Muitas vezes o que acontece é que se não tivermos conhecimento do problema pensamos que está tudo bem e amanhã ou outro dia ele volta a acontecer porque ninguém chamou a atenção a quem causou esse problema. Sou do Benfica mas não sou doente. Não sou sócio, sou mero simpatizante. Há clientes com quem falo de futebol porque quando chego ao pé de um cliente que não conheço procuro identificar qual é a melhor forma de me relacionar com ele. Mas se eu suspeitar que é do Sporting, por exemplo, tenho que ser muito prudente. É melhor falarmos de outra coisa. Há coisas que é melhor não misturar com os negócios. Os políticos prometem tudo o que lhes convém. Têm por hábito puxar a brasa à sua sardinha mas estão no seu direito porque isso também eu faço nos meus negócios. Acompanho a política porque somos bombardeados pela comunicação social em qualquer lugar em que estejamos. E também porque nos negócios a política tem interferência nas decisões e no evoluir da conjuntura económica. Não nos podemos alhear das coisas, temos de estar mais ou menos a par. Gostava de dizer que Santarém é a melhor cidade do mundo mas não consigo dizer isso. As pessoas que cá vivem é que, muitas vezes, têm culpa daquilo que por cá se passa e do facto de Santarém não ser aquilo que devia ser. Tenho pena que Santarém, pela história que tem, não seja uma referência, que não haja uma promoção séria para que as pessoas cá viessem. Se formos, por exemplo, ao sábado, depois das 13h00, ao centro da cidade, não se vê pura e simplesmente ninguém. Quem anda a pé por Santarém começa a aperceber-se que está tudo fechado. É pena porque a cidade é bonita E depois também acontece as pessoas de Santarém terem restaurantes aqui e irem jantar a Almeirim. O que é que as pessoas vão fazer para Almeirim em vez de jantarem em Santarém?
“O melhor tempo da minha vida foi quando andei a estudar”

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