O comandante José António Cervaens Rodrigues, oficial da Marinha, chamou a atenção, em Santarém, para a questão dos baixos caudais e da poluição do rio Tejo. Diz­-se surpreendido pelo facto das descargas das barragens continuarem “ao mesmo nível do antigamente” e, por outro lado, lembrou que em Vila Franca de Xira “a aproximação ao cais está quase inacessível devido aos lodos que ali se deixam acumular”.“Não estamos a fazer o suficiente pelo Tejo. Há muito a fazer. Preservar o património é um dever de todos nós, é um dever das autarquias que devem despir as suas vestes partidárias e vestir sim a camisola do Tejo”, afirmou, no decorrer da comunicação “A Navegabilidade do Tejo”, que proferiu no dia 8 de Outubro, no Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão, em Santarém.Cervaens Rodrigues considerou ainda que é tecnicamente possível fazer do Tejo um rio navegável mas que “é um investimento caro e de retorno lento”.