As perdas de água potável na rede de abastecimento público gerida pela Águas do Ribatejo rondam os 37%, estando a empresa intermunicipal empenhada em combater essa realidade, pois é água tratada que não é facturada e cuja utilização dispensaria tratamento. O objectivo é reduzir as perdas para os 20% até 2020.Esse valor foi revelado em nota de imprensa durante o Dia Nacional da Água, que se assinala a 1 de Outubro. A Águas do Ribatejo aproveitou para recordar que investiu mais de 110 milhões de euros em cinco anos na melhoria do serviço de abastecimento de água e no tratamento das águas residuais contribuindo para a despoluição das bacias do Tejo e do Almonda.Em 2014, as perdas de água atingiram 34,4 por cento do total de água fornecida pela empresa, menos 3,4 por cento que em 2013, segundo o relatório e contas de 2014 da Águas do Ribatejo. A grande redução nas perdas de água foi conseguida nos municípios de Benavente e Almeirim, num total de menos 15 por cento de 2013 para 2014.Já os municípios de Coruche e Chamusca, de forte cariz rural e com grandes extensões de território, aumentaram o volume de perdas de água. Chamusca era o concelho que tinha a maior taxa de perdas, com mais de metade (51,91%) da água a perder-se. Coruche aumentou as perdas em 2,8 por cento e registava 38,80% de perdas. A empresa explicava as perdas com roturas “que geram desperdício de água não visível”, descargas para limpeza de condutas e uso não autorizado de água para diversos fins, no que se inclui as ligações ilegais.A Águas do Ribatejo agrega os municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Torres Novas e Salvaterra de Magos. Garante a gestão integrada dos sistemas de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de efluentes nos municípios aderentes, que detêm 100 por cento do capital.