Os vereadores da coligação Novo Rumo no executivo da Câmara de Vila Franca de Xira ameaçaram na última reunião pública vir a apresentar uma proposta de revogação do contrato interadministrativo celebrado entre o município e a Junta de Alhandra.Em causa está o funcionamento do polidesportivo da Calhandriz, equipamento que o presidente da junta, Mário Cantiga (CDU), já veio assegurar não ter fechado. O autarca explica que a gestão daquele equipamento está entregue a uma comissão de festas da aldeia, por contrato, desde Agosto de 2013. Admite que a colocação de um aviso nas portas do ringue, a dizer que o espaço era da sua responsabilidade, foi um erro dos serviços e já mandou retirar o documento.A coligação Novo Rumo (liderada pelo PSD) não se mostra crente e o vereador Rui Rei até ironizou, na última reunião de câmara, dizendo esperar que a comissão de festas “não seja composta pelo presidente ou por alguém do seu executivo”. Os vereadores sociais-democratas abriram também a porta à possibilidade de vir a apresentar uma proposta de revogação do contrato interadministrativo assinado entre o município e aquela junta de freguesia, caso se prove que a junta teve qualquer intenção ou decisão de fechar o equipamento, situação entretanto desmentida pelo presidente da freguesia. “Senão iremos também enviar o documento para o Tribunal de Contas”, avisou Rui Rei. A situação gerou discussão na última reunião de câmara. “Havia um protocolo com o clube da Calhandriz em que este geria o polidesportivo, mas como ele fechou e agora reabriu ficou-se aqui num vazio legal. Mas concordo que aquele equipamento deve ser rentabilizado”, refere Alberto Mesquita, presidente do município. O parque desportivo é propriedade municipal e está inserido junto ao complexo das piscinas da Calhandriz. Tal como O MIRANTE noticiara, num documento afixado à porta do ringue - entretanto retirado - a Junta de Alhandra justificava que a maioria dos espaços delegados à sua responsabilidade estavam em mau estado de conservação e a necessitarem de intervenções para as quais o dinheiro transferido pela câmara é insuficiente.