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Pais queixam-se que filhos são mudados de turma sem saberem porquê

Pais queixam-se que filhos são mudados de turma sem saberem porquê

Encarregados de educação dos alunos do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa acusam o director de não dar explicações
Alguns encarregados de educação de alunos do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa, sobretudo da EB 2/3 Padre José Rota e da Escola Secundária do Forte da Casa, queixam-se de que a direcção do agrupamento muda as crianças de turma de um dia para o outro sem explicar os critérios. Também a qualidade da comida servida no refeitório das escolas está a merecer críticas dos pais e dos alunos que, em ambas as situações, se queixam da falta de comunicação com o director do agrupamento, José Alberto da Silva.Ana Cristina Marques é uma das encarregadas de educação que se queixa de que ninguém lhe explica quais são os critérios que levaram a que a sua filha fosse mudada de turma. E diz que por não conseguir falar com o director do agrupamento, recorreu para a Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE). “Tentei marcar uma reunião com o director e ele diz que não aceita marcar. Falei com a DGESTE que me disse que estava na lei a possibilidade de mudarem a miúda de turma, mas que tinham falado com a escola e que a situação estava resolvida, que a minha filha não precisava de mudar de turma. Passada uma semana, ligaram-me da escola, uma adjunta do director, a dizer que a minha filha no dia a seguir ia mudar de turma e que se não aceitasse ia passar a ter faltas injustificadas. A decisão foi unilateral do director, mesmo depois de a DGESTE lhe ter dito para não o fazer”, explica.Ana defende que a filha não deve mudar de turma e que está a sofrer com este processo. “A questão aqui é quais foram os critérios. A minha filha veio de uma escola de Vialonga e está aqui há um mês, perfeitamente integrada naquela turma. Quando lhe disseram que ia ter de mudar fartou-se de chorar, passou duas noites sem dormir. Não é só a minha filha, sei de mais três casos, pelo menos, que têm de mudar”, assegura.De acordo com Ana Cristina, a justificação para a mudança de turma deve-se ao facto de a filha estar numa turma de português não materno, integrada numa turma normal, e como a escola vai receber mais alunos com essa especificidade precisa de abrir vagas. No entanto, afirma que “por norma, há três turmas com esta característica e, este ano, optaram por fazer só uma”, acusa.Beatriz vai permanecer na mesma turma por vontade da mãe, que se dispõe a justificar as faltas. “Eu quero falar com o director do agrupamento e ele é que não quer falar comigo para explicar o porquê da mudança”, concluiu.Pêlos nos pratos e comida friaNo mesmo Agrupamento de Escolas do Forte da Casa, são também muitas as queixas quanto à qualidade e quantidade da comida servida no refeitório. Elisabete Oliveira é mãe de uma das crianças que frequenta o 6º ano e relata o que se passa. “A escola ainda não distribuiu cartões de aluno e, por isso, todos têm de reservar a comida, depois ir à papelaria comprar uma senha para almoçar, depois voltar novamente à fila para comer. Isto numa hora. Já serviram um carapau para dois alunos, a sopa vem sempre fria, já apanharam comida com pêlos e cabelos. Há fotografias disso”, refere. O MIRANTE tentou ouvir o director do agrupamento sobre essas situações, mas o mesmo não se mostrou disponível para prestar qualquer declaração.
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