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Veto Teatro Oficina lança Temporada de Outono e quer fidelizar mais espectadores

Veto Teatro Oficina lança Temporada de Outono e quer fidelizar mais espectadores

Espectáculos todos os sábados no Teatro Taborda, em Santarém, até 28 de Novembro
Trinta minutos antes do início do espectáculo Francisco Selqueira, António Júlio Santos e Mário Marcos começam a caracterizar-se para encarnarem os personagens do espectáculo intitulado “Palhaços: Branquinho, Pantufa e Cabeça de Nabo”. No camarim do Teatro Taborda conversam enquanto pintam a cara de palhaços. A roupa já está vestida. Mário Marcos, que interpreta o palhaço Branquinho, espalha um creme branco no rosto para fazer jus ao nome do personagem. E há rituais que se repetem: é sempre o Pantufa (António Júlio Santos) quem faz o laço que Cabeça de Nabo (Francisco Selqueira) leva ao pescoço. Os colegas já interpretam estas personagens há tantos anos que nem precisam de ensaiar. Apenas combinam ideias, porque funcionam muito de improviso.Este espectáculo infantil insere-se na programação da “Temporada de Outono” que o Veto Teatro Oficina, grupo que integra o Círculo Cultural Scalabitano (CCS), está a apresentar no Teatro Taborda, todos os sábados, até 28 de Novembro. Além do espectáculo infantil, os adultos podem assistir aos sábados à noite ao espectáculo “Palavras de Poetas”, que faz uma viagem dos principais acontecimentos históricos de Portugal nos últimos cem anos, desde a implantação da República aos dias de hoje, onde não vão faltar apontamentos musicais e declamação de poesia. A Temporada de Outono surgiu porque o Veto pretende criar o hábito das pessoas irem ver espectáculos ao CCS.“O Veto, normalmente, apresenta um espectáculo durante três, quatro meses mas depois estamos seis, sete meses sem nenhum espectáculo. Isso faz com que não consigamos fidelizar público à nossa sala e não é isso que queremos. Queremos criar o hábito das pessoas estarem atentas à nossa oferta e que venham com regularidade aos nossos espectáculos. Por isso estamos a fazer para termos uma actividade mais regular e este projecto é um teste para nós, para conseguirmos fidelizar público”, explica Nuno Domingos, da direcção do Veto.O Veto criou recentemente uma Academia de Formação Teatral que conta já com 15 pessoas, entre os 15 e os 42 anos, o que faz com que haja ensaios de teatro quase todos os dias da semana. Esta Academia foi criada porque o Veto está a preparar um sarau, para estrear em Janeiro, que será um espectáculo de homenagem a António Júlio Santos, o palhaço Pantufa, que está no grupo desde o início. “Vamos recordar algumas memórias deste percurso que já estão esquecidas e depois pretendemos ficar em cena com este espectáculo durante algum tempo. Para fazermos este espectáculo precisávamos de muita gente, sobretudo gente nova, por isso criamos esta Academia, que tem estado a correr muito bem”, refere Nuno Domingos.Esta homenagem será o espectáculo que assinala o aniversário do Veto que se comemorará em Janeiro, um mês depois do habitual. Também em Janeiro será feita uma homenagem a Prazeres Marçal, que colaborou com todos os elementos do grupo. O Veto continua a ter muita actividade cultural porque, explica Nuno Domingos, antes de serem um grupo de teatro são uma família “muito unida”. O dirigente lamenta apenas que não haja tanta divulgação da actividade do CCS como existe, por exemplo, das actividades desportivas.
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