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Orçamento da Câmara de Santarém aprovado com reticências da oposição

Valor de 46 milhões de euros para 2016 é semelhante ao orçamento deste ano
O plano de actividades e o orçamento da Câmara Municipal de Santarém para 2016 foram aprovados esta segunda-feira pelo executivo com os votos favoráveis (4) da maioria relativa PSD e as abstenções dos vereadores do PS (4) e CDU (1). E a história voltou repetir-se não só no que toca aos números (o orçamento continua a rondar os 46 milhões de euros) mas também relativamente à argumentação debitada pelas várias forças políticas.Se para o presidente Ricardo Gonçalves (PSD) este é o orçamento possível face à conjuntura que se atravessa, com a autarquia condicionada pelas obrigações decorrentes do plano de saneamento financeiro em vigor e do empréstimo que contraiu ao abrigo do PAEL _ Programa de Apoio à Economia Local, já a oposição diz que a maioria não tem estratégia nem rumo para o concelho, limitando-se a pagar dívida.E, pelo menos nesse campo, todos estão de acordo: tem havido um efectivo esforço na redução da dívida, que já andou nos 100 milhões de euros e agora ronda os 70 milhões. “Este é o terceiro ano que continuamos a baixar drasticamente o valor da dívida”, sublinhou Ricardo Gonçalves. Mas a oposição quer mais, quer investimento e uma visão para o concelhoO presidente da câmara referiu que a grande obra para 2016 é o início do plano de estabilização das encostas de Santarém (com cerca de 2,5 milhões em orçamento) e que a requalificação do mercado também poderá avançar, garantindo que outros projectos irão aparecer ao longo do ano à medida que forem garantidos os fundos comunitários. Ricardo Gonçalves também anunciou um pequeno aumento das verbas para as associações desportivas (de 125 mil para 150 mil euros), a reactivação dos apoios para o associativismo cultural (com 60 mil euros para distribuir) e ainda apoios para o associações juvenis e grupos de dadores de sangue, bem como mais 5% nas transferências para as juntas de freguesia, mas mesmo assim não convenceu PS e CDU.O vereador do PS Ricardo Segurado disse que os documentos podiam ser designados por “orçamento chapa 5” ou “orçamento do PAEL”, denotando “falta de estratégia” e sem projectos que visem o desenvolvimento do concelho. “O valor dos novos investimentos não chega a 10% do total do orçamento, rondando os 4 milhões de euros”, afirmou, referindo que grande parte do bolo orçamental vai para pagar obras já concluídas.Francisco Madeira Lopes, da CDU, seguiu a mesma linha de discurso. “Fica-se com a sensação que estamos a ler o orçamento do ano passado”, disse, considerando que “este executivo está parado no tempo” e que deve haver vida para lá do pagamento da dívida. “Onde está a estratégia?” questionou, acrescentando que a meio do actual mandato o PSD continua a navegar à deriva, enquanto “Santarém definha e perde tempo precioso para preparar o futuro”.

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