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Ânimos exaltados na Câmara de Azambuja por causa do Convento das Virtudes

Ânimos exaltados na Câmara de Azambuja por causa do Convento das Virtudes

Maioria liderada pelo socialista Luís de Sousa está relutante em assinar o protocolo de cedência do espaço à Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo, gerida pela coligação PSD/CDS, acusando a mesma de lá promover eventos políticos.

Estalou o verniz na última reunião de Câmara de Azambuja, tudo por causa do protocolo de cedência e utilização do Convento das Virtudes por parte do município à Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo, e que tarda em ser formalizado apesar de estar pronto há bastante tempo. A vereadora Maria João Canilho, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (liderada pelo PSD), questionou o presidente da câmara Luís de Sousa (PS) sobre a demora, ao mesmo tempo que estendeu a questão ao vereador António Amaral (PS), que tem o pelouro da cultura.Na resposta, foi António Amaral que tomou conta do microfone para atacar o líder da Junta de Aveiras de Baixo, Carlos Valada (eleito pela coligação), que nem estava presente na sala, aludindo à iniciativa realizada há alguns meses que levou Marcelo Rebelo de Sousa, a convite da junta, ao convento para uma noite de conversa com a população. “Se o presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo pensa usar o convento para eventos políticos não conta comigo. Se for para a cultura, serei o primeiro a ceder a chave, mas exijo respeito. Se Carlos Valada tiver calma, trabalhamos todos, porque eu trabalho com todas as cores políticas”, assegurou o vereador socialista, afirmando que quem quiser utilizar o espaço só tem de solicitar a chave à autarquia com a devida antecedência.Na resposta foi Jorge Lopes, vereador da coligação, quem elevou o tom da discussão. “O convento não foi utilizado para qualquer evento político. Esteve lá o professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas depois esteve o Francisco Louçã e o actor Ruy de Carvalho e, ao que parece, vai ser convidada a Maria de Belém”, afirmou, para estupefacção da mesa.Irritado com o rumo da conversa, Luís de Sousa foi categórico na resposta. “Vamos ver se cedemos ou não o espaço, apesar de o protocolo estar pronto. Este processo irá atrasar até eu entender que atrasa. Até estamos a ponderar colocar lá uma funcionária”, afirmou, ao que Jorge Lopes foi rápido a responder: “A isso é que se chama ditadura”, atirou, já em tom de voz elevado de ambas as partes.Certo é que o protocolo para a utilização do espaço já esteve pronto no mandato anterior e não foi assinado por necessitar de algumas modificações entretanto feitas. Recorde-se que o Convento das Virtudes foi remodelado em 2010 e as obras tiveram um custo de cerca de meio milhão de euros e tem servido para eventos diversos, mas pouco frequentes, pelo que muitos consideram que o espaço está subaproveitado.
Ânimos exaltados na Câmara de Azambuja por causa do Convento das Virtudes

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