28º Aniversário | 18-11-2015 11:46

“Esta é uma região com enormes potencialidades em diversas áreas”

Fale-nos da sua vida profissional e da forma como lá chegou. Muito resumidamente, a minha vida profissional actual está intrinsecamente interligada com as estruturas empresariais que os meus pais, conjuntamente com outros parceiros, criaram. Para chegar onde cheguei realizei um “estágio” de 11 anos, no qual tive a oportunidade de trabalhar nos mais variados departamentos, desde a manutenção, passando pela vertente pedagógica, em diferentes entidades. Essas experiências foram, para mim, vitais. Não só no que respeita ao know-how adquirido, mas também para melhor compreender e pensar a estrutura onde me insiro. Durante este percurso tive um hiato de 2 anos e meio durante os quais trabalhei, e muito aprendi, numa empresa ligada ao sector agrícola. Um convite e a ligação afectiva aos projectos fizeram-me, posteriormente, regressar. A família ajuda e é parte importante da estratégia profissional? Sim, ajuda e é importante no pensamento da estratégia profissional. No meu caso não existe forma de dissociar. Como é que classifica os recursos humanos disponíveis no mercado? Infelizmente não os temos aproveitado convenientemente… Muitas empresas têm vindo a encerrar portas. Os países de acolhimento agradecem-nos profundamente! Recrutam mão-de-obra qualificada, preparada, competente, sem gastar, directamente, um tostão na sua formação, o que, certamente, será uma enorme mais-valia para as suas economias. Portugal não só fica com a perda do capital investido na educação destes cidadãos, como também desperdiça, a fundo perdido, as competências técnicas que deveriam estar à disposição do desenvolvimento do país. Está preparado para tudo na sua vida profissional? Estou antecipadamente ciente dos mais variados cenários o que me permite uma melhor preparação para eventuais adversidades. Comente a situação actual do país onde vive e da sua região em particular. Embora procure ser optimista, não posso deixar de estar expectante e, simultaneamente, apreensivo. A situação actual do país depende, infelizmente, de diversas variáveis. Externas e internas.A nossa suposta soberania depende muito (para o bem e para o mal) dos compromissos que um futuro governo possa vir a estabelecer. Precisamos de um bom governo. Temos os holofotes centrados em nós e também, por diferentes razões, nos ingleses. Este timing faz-me pensar que se conseguirmos passar inputs positivos aos mercados financeiros, credores e parceiros europeus, poderemos, com astúcia e resiliência, acautelar, junto da UE condições que melhor sirvam os interesses económico-sociais de Portugal. Relativamente à área geográfica onde resido, considero-a um espaço de oportunidades, não só pelos recursos endógenos existentes, mas também pelas suas especificidades culturais, pela forte dinâmica empresarial. Considero que esta é uma região com enormes potencialidades em diversas áreas. Lembra-se da última vez que usou a bicicleta como meio de transporte? Sim, o Verão passado. Desloquei-me, em determinadas ocasiões, para o local de trabalho de bicicleta. Qual a tradição que nunca podemos deixar morrer? Reunir a família em volta de uma mesa, conviver, partilhar…A beleza é fundamental? Depende do que se entenda por beleza. É um factor bastante subjetivo.O Facebook e as outras redes sociais melhoraram a sua vida? Na minha perspectiva o Facebook é um espaço interessante como ferramenta de marketing profissional. Nesse aspecto considero ser uma mais-valia.À mesa, de que lado do prato é que deve ser colocado o telemóvel ou smartphone? Não tenho o hábito de colocar o telemóvel em cima da mesa. O que tem que fazer um homem para ser um verdadeiro homem? Ser muitíssimo ambicioso. Ambicioso na procura de se tornar um homem melhor.Quantas vezes muda de canal por noite quando está a ver televisão? As vezes que forem necessárias. Até me sentir sintonizado.Quem lhe contava histórias quando era criança? A minha mãe.Quais as qualidades que mais aprecia numa pessoa? Integridade. Resiliência. Sensatez. Gostaria de viver numa cidade sem semáforos nem sinais de trânsito? Sim, porque além de outros factores, nomeadamente o desenvolvimento tecnológico que poderia estar inerente a esse pressuposto, isso significaria que viveríamos numa sociedade onde o civismo imperaria.Qual a promessa que fez a si próprio mais vezes no início de cada ano e que vai continuar a fazer porque ainda não conseguiu cumpri-la? Não faço promessas, estabeleço antes compromissos.Como é um dia bem passado? Um dia com sol acompanhado com o sorriso dos nossos entes queridos mais próximos. Gosta de ir votar? Sim.Qual a sua actividade preferida? Tocar guitarra ou bateria e escrever canções.Há alguma coisa pela qual ainda valha a pena lutar até à morte se necessário for? Sim, os filhos.Qual foi a sua maior extravagância? Na minha já tardia puberdade tive a ousadia de comprar um “posto de gasolina ambulante”!Tem alguma superstição? Não.Durante quanto tempo é capaz de guardar um segredo? O tempo que for preciso.Fecha a água enquanto escova os dentes ou enquanto se ensaboa no banho? Sim.O que significa a expressão “Gozar a vida”? Viver intensamente da melhor forma possível.Alguma vez pediu o livro de reclamações? Sim.O mundo vai ter que falar mandarim ou os chineses é que vão passar a falar inglês? Acredito que todos irão falar Português. Ouvi dizer que se prevê, a curto prazo, uma extensão do nosso acordo ortográfico e não só! Somos um povo expansionista. Está na génese.A Justiça é igual para todos? Se não é, deveria ser.Qual o seu prato preferido de bacalhau? Bacalhau à Falcoeiro da EPSM - chefe Noélia Costa.Sabe algum refrão de uma cantiga do Quim Barreiros? Sim.Alguma vez frequentou uma praia de nudismo? Sim.Gosta de grandes reuniões familiares? Não sei, a minha família não é numerosa.Este Mundo está perdido? Não. O mundo, desde sempre, esteve assimetricamente perdido. Passamos, uma vez mais, por um período económico-social bastante conturbado. As razões são diversas mas estou convicto de que o Mundo ainda estará mais desajustado caso o cidadão comum se alheie do seu micro-cenário e não intervenha. Em sua casa já se faz a separação do lixo? Sim.Tem alguma tatuagem ou já pensou em fazer uma? Tenho imensas tatuagens que não se vislumbram à primeira vista. A vida tem-me tatuado o percurso. Tem a profissão que gostaria de ter? Gosto muito da área onde intercedo.Sendo o preço médio de mil litros de água da rede um euro e meio podemos dizer que a água está cara? Respondo com uma expressão do nosso ex-primeiro-ministro António Guterres: “façam vocês as contas”.O que sente quando vê pessoas a pagar promessas de joelhos em Fátima? Respeito, embora acredite que existam outras formas de comprometimento e auto-ajuda mais profícuas. Voluntariado, solidariedade, por exemplo.Era capaz de dar trezentos euros por uns sapatos? Não sou extravagante e a minha mulher não é exigente, mas gosta de sapatos!Quantos verdadeiros amigos acha que tem? Os suficientes, embora esteja sempre disponível para receber mais, mas apenas dessa estirpe.

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