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“Há clientes que chegam a esperar um ano pelos nossos serviços”

“Há clientes que chegam a esperar um ano pelos nossos serviços”

Caetano André tem uma oficina de serralharia na Glória do Ribatejo

As maiores dificuldades com que se tem confrontado ao longo da vida empresarial são os trabalhos que ficam por pagar, diz o empresário que já trabalha no ramo há 36 anos.

Caetano André, 64 anos, começou por montar uma pequena oficina de serralharia no sítio onde hoje está instalada a Caetano C. André & Filho Lda. No início, ia com a mulher numa pequena motorizada a Lisboa buscar alumínios já cortados, “já lá vão 36 anos”, mas havia um problema. Na viagem de regresso a motorizada não podia fazer paragens. “A mota vinha tão carregada que se parasse acabava por cair e eu nunca mais me conseguia levantar, por isso levava a minha mulher para me ajudar a sair da mota”, conta com uma gargalhada. A empresa Caetano C. André & Filho Lda. disponibiliza vários serviços em caixilharia e serralharia de alumínio como portas, portões, grades, janelas, marquises e persianas. “Tudo com a máxima qualidade, pois esse é o segredo do sucesso”, garante Caetano André. A empresa tem muito trabalho e até tem listas de clientes que chegam a esperar um ano. As maiores dificuldades que tem tido ao longo da vida empresarial são “os trabalhos que ficam por pagar, já me ficaram a dever mais de 200 mil euros. Alguns empreiteiros foram à falência e nunca mais vou receber nada”, conta a O MIRANTE com alguma tristeza e com pena dos “que não tiveram sorte na vida”. O segundo nome próprio de Caetano é Constança, porque a madrinha se expressava mal. “Quando foi registar-me era para ser Constâncio, mas como a senhora do registo civil não percebeu, assim ficou”. Caetano Constança ainda tentou alterar para Constâncio, mas as dificuldades iam sempre aumentando. Então desistiu. “Agora com esta idade também já não vou mudar”, conta a sorrir. Caetano André tem sempre um sorriso nos lábios. Conta a O MIRANTE que cada cliente da sua serralharia torna-se um amigo “Tenho clientes que sempre que passam pela Glória do Ribatejo vêm almoçar ou jantar à minha casa”. Na serralharia trabalham cinco funcionários, dois deles são seus filhos, o António André, com 36 anos, e Ana André, de 28 anos, que Caetano espera que continuem o negócio da família. Não que o patriarca se queira reformar. “Nem pensar nisso, vou trabalhar até morrer”, confessa. Gosta imenso daquilo que faz. Todos dias se levanta às 7h00, dirigindo-se para a serralharia de onde só sai perto das 20h00. Os tempos livres do empresário são passados em cima de uma motorizada Macal com motor Casal 50. Não pertence a nenhum clube motard mas acompanha “a malta da Glória em alguns passeios. Já fui até Fátima e Lisboa. Évora foi o sítio mais longe onde fui”, conta Caetano André.Outra das dificuldades que a empresa tem é a nível de mão de obra. “Aparece aí muita gente para trabalhar, o problema é que não estão minimamente preparados para esta função. Vêm das escolas com muita teoria mas aqui quer-se é prática”, conclui.
“Há clientes que chegam a esperar um ano pelos nossos serviços”

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