uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Casas municipais devolutas em Vila Franca têm capacidade para acolher 60 famílias

Casas municipais devolutas em Vila Franca têm capacidade para acolher 60 famílias

Ao último concurso concorreram 400 pessoas a 12 apartamentos

Espaços foram degradados pelos anteriores inquilinos e não estão em condições de serem utilizados. Parque habitacional do município já ascende às 1100 casas.

Em Vila Franca de Xira o município tem seis dezenas de casas do seu parque habitacional em estado devoluto e sem condições de habitabilidade. Se estivessem recuperadas poderiam acolher mais 60 famílias carenciadas do concelho.Os dados foram avançados na última reunião pública do município pela vereadora responsável pelo pelouro da acção social, Fátima Antunes. A autarca esclarecia os eleitos da CDU, que quiseram saber quantas casas municipais se encontram em mau estado. Segundo Fátima Antunes, das 1100 casas de que o município dispõe, 60 estão devolutas. “Há muitas pessoas que nos pedem casas e naturalmente que há listas de espera, mas essa é uma situação que estamos permanentemente a acompanhar”, informou. Ao último concurso aberto pela câmara para atribuição de 12 casas municipais, em Outubro, concorreram mais de 400 pessoas. O presidente da câmara, Alberto Mesquita, garantiu que no âmbito do quadro comunitário Portugal 2020, o município irá tentar reabilitar algumas das fracções devolutas ou até vir a criar novas habitações para fins sociais.O vandalismo nas habitações por parte dos inquilinos continua a ser um dos principais problemas, levando a que muitas casas fiquem sem poder ser usadas. Além do roubo ou destruição de torneiras, tomadas e balcões de cozinha, há também quem faça fogueiras no interior das habitações no Inverno e outros que destroem as paredes com pinturas.A discussão surgiu na sequência da apresentação de três propostas de venda de habitações municipais a inquilinos que já lá se encontram há vários anos. Duas casas em Vialonga e uma em Alverca. “Sabemos das dificuldades que existem mas estas pessoas vieram de situações complicadas, conseguiram endireitar as suas vidas e já sentem aquele espaço como sendo seu. Esta decisão não desequilibra nem afasta a responsabilidade que a câmara deve ter na oferta desta resposta social”, explicou Alberto Mesquita.O autarca garante que não é pela câmara vender “uma ou duas” casas que ficará sem oferta às necessidades. “Este passo da compra da habitação é muito importante nas vidas destas pessoas, favorece a sua auto-estima e responsabilidade, temos de as ajudar a crescer”, notou. As pessoas que comprem as casas não as poderão vender nos cinco anos seguintes.A CDU não se mostrou favorável e votou contra, por considerar que “abrir mão dos fogos municipais é abrir mão dos direitos dos munícipes”, notou Ana Lídia Cardoso. A autarca disse “nada ter contra as pessoas” mas disse “não sentir que seja correcto” vender aquelas habitações municipais.
Casas municipais devolutas em Vila Franca têm capacidade para acolher 60 famílias

Mais Notícias

    A carregar...