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Presidentes de junta voltam a mendigar dinheiro à Câmara de Vila Franca de Xira

Cada junta de freguesia do concelho vai receber injecção de mais 15 mil euros

Falta dinheiro nos cofres das juntas de freguesia e o município continua a injectar capital, apesar do presidente Alberto Mesquita avisar que a torneira vai fechar-se.

As juntas de freguesia do concelho de Vila Franca de Xira continuam a pedir mais dinheiro junto da câmara municipal. Isto poucos meses depois da Junta de Alhandra ter pedido um adiantamento de parte das verbas transferidas pelo município para poder pagar os salários dos trabalhadores. Na última semana o executivo municipal aprovou uma nova proposta de apoio extraordinário para todas as juntas de freguesia, no valor de 15 mil euros para cada - qualquer coisa como 90 mil euros. Isto depois dos presidentes das juntas de Vila Franca de Xira (Mário Calado, CDU) e União de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa (Jorge Ribeiro, PS), se terem reunido com o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), para pedir mais dinheiro.A presença de Mário Calado numa das últimas reuniões de câmara e a sua reunião à porta fechada com Alberto Mesquita no final dos trabalhos, já tinha levantado alguma especulação sobre quanto dinheiro haverá de sobra nos cofres da junta gerida pelos comunistas. Na última reunião de câmara Alberto Mesquita confirmou que é preciso mais dinheiro nas juntas, incluindo em Vila Franca de Xira.“O Mário Calado e o Jorge Ribeiro procuraram-me para me pedir para mantermos o apoio extraordinário de 25 mil euros que damos às juntas. Disse-lhes que dificilmente isso poderia acontecer. Mas depois o Mário Calado disse algo que me deixou a pensar, que foi: se não pudermos dar esse valor, que pelo menos possamos dar outra verba. Darmos o que pudermos. É isso que vamos fazer”, explicou o autarca.O valor serve sobretudo para suportar despesas com obras e investimentos já concluídos ou a concluir até final do ano. “A nossa divisão financeira deu-nos essa folga e é por isso que vamos poder ajudar, entendi renovar este apoio, embora com verbas diferentes, que muito jeito dará às juntas”, notou Alberto Mesquita. Mas o presidente da câmara dá mostras de estar farto de injectar capital nas juntas de freguesia e deixou avisos duros. “Há aqui uma atitude pedagógica, o rigor destas coisas vai começar a ser cada vez maior. O que é dito pelos vereadores tem de começar a ser absorvido pelas juntas. É importante que as juntas comecem a encontrar um novo modelo com vista à sua autonomia financeira. Estamos todos numa fase de aprendizagem que tem de terminar. E vai terminar”, avisou. Por ano a câmara gerida pelos socialistas já transfere para as seis juntas de freguesia três milhões e 700 mil euros. “Não é coisa pouca”, notou Alberto Mesquita.

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