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Manuel Bartolomeu

Manuel Bartolomeu

Sócio gerente da J. C. Bartolomeu, Instalações Eléctricas Lda, 38 anos, Alferrarede (Abrantes)

“Como empregados pomos em prática as decisões que alguém tomou e somos compensados ou penalizados tendo em conta o nosso desempenho. Como patrão tomamos decisões para outros porem em prática e somos compensados ou penalizados pelo acerto dessas decisões. É verdade que um patrão corre mais riscos mas no fim pode ser mais compensador”* * *“Não gosto muito de falar de crise porque acho que isso nos pode toldar o pensamento e a acção, mas é inegável que o sector da construção civil foi muito afectado pela conjuntura económica do país nos últimos anos, tendo levado ao encerramento de muitas empresas”

Portugal é um país iluminado?Socialmente penso que sim. Somos um povo hospitaleiro, pacífico, tolerante, pouco dado a radicalismos. Culturalmente acho que ainda temos alguns degraus para subir até chegarmos, por exemplo, ao nível dos países do norte da Europa. Já politicamente acho que estamos numa escuridão completa.É mais fácil ser patrão ou empregado?Tenho experiência das duas situações e não tenho uma opinião definitiva. Existem aspectos positivos e negativos em ambas os casos. Como empregados pomos em prática as decisões que alguém tomou e somos compensados ou penalizados tendo em conta o nosso desempenho. Como patrão tomamos decisões para outros porem em prática e somos compensados ou penalizados pelo acerto dessas decisões. É verdade que um patrão corre mais riscos mas no fim pode ser mais compensador.Alguma vez deu sangue?Sim mas já não dou há muito tempo.Qual o ditado popular com que mais se identifica?Não te metas a comprar o que não podes pagar.A crise afectou-o muito? Não gosto muito de falar de crise porque acho que isso nos pode toldar o pensamento e a acção, mas é inegável que o sector da construção civil foi muito afectado pela conjuntura económica do país nos últimos anos, tendo levado ao encerramento de muitas empresas. O que fez para não se afundar?No caso particular da J. C. Bartolomeu, em 2011, quando sentimos essa conjuntura económica mais adversa, decidimos diversificar a nossa oferta em termos geográficos e no tipo de serviços prestados. Hoje somos um grupo de três empresas que actua no mercado da construção civil em Portugal e em Moçambique, que duplicou a sua facturação e que aumentou os seus quadros em 75%. Em suma, posso dizer que no nosso caso a “crise” acabou por ter consequências positivas.Como classifica os recursos humanos disponíveis no mercado da construção civil?Considero que os recursos humanos de uma empresa são a chave para o seu sucesso ou insucesso. Sem bons recursos humanos uma empresa não sobrevive. Acho que, tal como nos outros mercados, existem bons e maus trabalhadores em todas as categorias profissionais. No caso da minha empresa acho que estamos muito bem servidos, pois os nossos resultados assim o demonstram.Está preparado para tudo na sua vida de empresário?Tento estar preparado mas tendo em conta a multiplicidade de situações com que nos deparamos nunca podemos dizer que estamos preparados para tudo. Penso que formação constante e desenvolvimento de ferramentas de apoio à decisão são essenciais para um empresário desenvolver a sua actividade.Qual o momento mais marcante da sua vida?O nascimento dos meus dois filhos.O que podemos encontrar em Abrantes que não exista em mais lado nenhum?Sem dúvida as tigeladas. São um doce único que não existe sequer parecido noutro lado, pelo menos que eu saiba.Qual foi a sua maior extravagância?Não me considero uma pessoa extravagante. Talvez o meu passatempo de coleccionador de filmes em DVD me tenha levado a cometer uma ou outra pequena extravagância.Que personalidade mundial mais admira? E nacional? E, já agora, regional?A nível mundial, Mahatma Gandhi. A nível nacional Eusébio. E a nível regional, todos os que vivem e trabalham no concelho de Abrantes e que contribuem para que dê gosto viver aqui.
Manuel Bartolomeu

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