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O que aconteceu aos terrenos dos legados em Alpiarça?

Vereador Francisco Cunha lamenta estar sem esclarecimentos há mais de 18 meses
A maioria CDU que gere a Câmara de Alpiarça, liderada pelo comunista Mário Pereira, continua a elaborar um “estudo sério” sobre os legados deixados por beneméritos ao município e este estudo “ainda vai demorar mais algum tempo” até estar terminado. A informação de Mário Pereira surgiu em resposta à pergunta do vereador da oposição, Francisco Cunha (TPA-PSD/MPT), que quis saber porque motivo ainda não tinha obtido “nenhuma resposta” da maioria ao seu requerimento sobre os legados pedido há mais de 18 meses. “O que é verdade é que desapareceram propriedades dos legados e ainda não foi nada provado que está tudo em conformidade”, insistiu.Em Fevereiro deste ano (ver edição O MIRANTE 26 Fevereiro 2015) o executivo camarário de Alpiarça aprovou a proposta de afectação de duas propriedades, designadas por Quinta de São João, ao legado de Álvaro da Silva Simões, que no seu conjunto têm um valor aproximado da propriedade Vale da Cigana, permutada em 2008 com terrenos da cooperativa AgroAlpiarça e que tinha deixado aquele legado sem património afectado. A proposta foi aprovada com o voto de qualidade do presidente (dois votos a favor da CDU e dois votos contra do PS e TPA). Após a permuta de terrenos entre a câmara municipal e a AgroAlpiarça, em 2008, durante o mandato do socialista Joaquim Rosa do Céu, nunca ficou definido em deliberação camarária quais as propriedades afectas ao legado de Álvaro da Silva Simões para compensar a que tinha sido transferida. A Câmara de Alpiarça decidiu agora afectar estas duas propriedades (Quinta de São João) depois de terem chegado a acordo com o conselho de administração da Fundação José Relvas, responsável pela gestão do legado.Como O MIRANTE noticiou (ver edição 24 Abril 2014), um terreno que integrava o legado que Álvaro da Silva Simões deixou à Câmara de Alpiarça em testamento, escrito em 1939, avaliado em 273 mil euros, foi permutado em 2008 com terrenos da Agroalpiarça. Posteriormente, quando o terreno já pertencia à cooperativa agrícola, foi entregue ao banco como garantia para um empréstimo bancário. Também fazia parte do testamento de Álvaro da Silva Simões um prédio urbano situado na Rua José Relvas. No entanto, este prédio foi integrado no projecto de reordenamento urbanístico do centro cívico, em frente ao Largo dos Águias. Por ter sido doado ao município através de testamento, o terreno do Vale da Cigana, com 22,72 hectares, não podia ser vendido directamente pela autarquia. Para contornar a situação, o executivo liderado por Rosa do Céu fez uma permuta de terrenos e, posteriormente, esse terreno serviu para garantia para um empréstimo bancário. A escritura definitiva foi celebrada em Setembro de 2009, no final do mandato socialista.

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