uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Enterro do Galo da Chamusca com muita critica social e...municipal

Enterro do Galo da Chamusca com muita critica social e...municipal

Dores de corno, desencontros, galadelas, escaldadelas e outras escorregadelas
O Enterro do Galo na noite de Quarta-Feira de Cinzas voltou a reunir no Grupo Dramático Musical - JNP da Chamusca, muitos calhandreiros e calhandreiras que não quiseram perder pitada do testamento em verso do galináceo, que distribuiu, a torto e a direito, quadras de pé quebrado a celebrar feitos e desfeitos de mais um ano da vida social da terra.Segredos desvendados, homéricos cometimentos relembrados e histórias assombrosas em forma de adivinhas para que cada um tentasse descobrir o nome de heróis, heroínas, vilões e outros aldrabões que são expostos justa e injustamente no fecho do Carnaval de cada ano, em nome de uma tradição em que as sambistas ficam à porta ou, quando muito, sambam na má língua da terra. Foi anunciada a ausência do habitual padre, na Alemanha. E foi lida a publicidade. “Este ano o enterro do galo têm o alto patrocínio de: Casa de Pneus Simião / Às vezes tem pneus / Outras vezes não e ainda da Drogaria Maria Gonçalves Ldª / Dantes tinha tudo / Agora não têm nada”.Disse o celebrante que o ano foi bom em calhandrices. Avisou todos para não dizerem mal do presidente, “Senão vêm lá o segurança e mete na rua toda a gente”. E por falar em presidente propagandeou desde logo: “Só para a câmara municipal vinte páginas não vão chegar”. Talvez não tenham sido bem vinte mas quem quis saber disso quando havia tanta dor de corno, desencontro, galadela e escaldadela, para relatar?Quando se falou em discurso, mesmo antes da leitura das quadras entremeada pelo choro da viúva e das carpideiras e das regadelas do sacristão, lá saiu um primeiro esguicho de humor para o executivo municipal. “E por falar em discurso, há para aí certa senhora sorridente, que fala sempre em último lugar. Querem ver que afinal, é ela a presidente?”É um rapaz simpáticoMuito ocupado e sorridenteSobra-lhe pouco tempoPara ser presidenteAcabou-se a amizadeDeixaste de andar contenteAcabaste despejadoDo gabinete do presidenteNesta terra é só festasNão há dinheiro para o alcatrãoVê se tapam o buraco do campoE também o de S. SebastiãoAs contas já não estão soltasBoa Malha!!O Matias pagou as dívidasMas o presidente é que recebe a medalhaO grande sonho do presidenteE isto não é brincadeiraEra poder mandar No concelho da CarregueiraJá foi espaço de artesanatoOnde se mostraram algumas relíquiasAgora é espaço de palhaçadas,E macacadas politicasAté teve certa graçaMas a dúvida apareceAquilo foi um teatroOu um comício do PS?Chatearam-se os amigosArranjaste outro para o poleiroMuitos queriam o tachoGanhou o primo engenheiroVou daqui prá outra vidaCom uma azia todos os diasO meu facebook já não aguentaCom tantas publicações do MatiasJá temos autocarro novoPara o transporte escolarMas daqui a dois anosVamos ter que o trocarAndavas preocupadoPois tinhas pouco que fazerDisseram para o teu sócio ficar caladoE o trabalho começou a aparecerTodos os anos isto mudaÉ sempre grande a agitaçãoEste ano onde serãoAs largadas da Ascensão?Os bezerros eram grandesE isso ninguém se esqueceSó espero que este anoOs touros tragam GPSEm Setembro fui ao Eh toiro!Levei um cartaz para me guiarMas como não indicavam o localAndei perdido sem o encontrarSentiu-se provocadoO nosso presidenteAo ver o comentárioUm lamentável incidenteNão gostou de tal coisa Parece que lhe caiu malLogo ameaçou o autor Que o punha em tribunalTenha calma caro amigoNão fique com ar de matrafonaP’ra não ficar enfadadoEntregue isso à FionaO senhor ProvedorAs bombas decidiu fecharSe continuar assimAinda acaba por fechar o larSerá que foi para um concertoEsse padre galadorPara se esquecer da dataPuseram lhe a mão no senhor!Esse homem sábioAgricultor de profissãoEncontrou-se com a menina Para lhe apalpar o melãoEstá maduro não há dúvidaMas a menina tem gosto finoVeja já agora como tenho os tomates e o pepinoO casal sensaçãoFoi à charneca ao luarO que terão ido fazer?Será que foram cagar?Era tanta a sensualidadeQuando o kizomba apareceuCom tanto cão para um ossoA menina quase desapareceuE a noite não parouSempre em grande cavalgadaSó não se sabe se conseguiu montarOu se acabou montadaMenina deixe estar issoNão fique chateadaA foto da maminhaAté ficou engraçadaFoste para o São Martinho Passear a namoradaEla levou um beijinhoAcabou tudo a estaladaEram um casal tão bonito Sempre em grande aceleraçãoEla pediu-lhe um tempoSerá para arranjar a correia de distribuição?Aquele barracão da SantalNunca deu tanto que falarDe alguns meses para cáAté serve para galarAfinal não havia amorApanhaste uma desilusãoRebentaram-te o olhoE ainda te roubaram o cartãoNunca mais te deixes enganarQue te sirva de liçãoOs amores do facebookNão são bons para o coraçãoFoste à feira da bestaSempre agarrado ao gargaloA bebedeira era tão grandeQuiseste brigar com um cavaloVinhas da noite animadoNas bifanas foste pararSaltaste pra cima da mesaComeçaste-te a descascarParecia uma cena de teatroA discussão no corredorTiveram que chamar os bombeirosPara levar o encenadorO rapaz dos caracóisÉ engraçado sim senhorFaz filhos em todo o ladoAinda te vão chamar o “Povoador”O galo não volta para a União Agora é uma casa artistaTem fados ao domingoSempre com o mesmo fadistaO Grémio já temUma nova direcçãoSó é pena os directoresNão saberem que lá estãoDivorciadas e viúvasElas querem é curtirBebem uns copos à noiteComeçam-se logo a despirO amigo farmacêuticoia doido para cavalgarTamanha era a velocidadeQue mandou a rulote ao ar Tens a mania que és boaMas não gostas de trabalharHá tantos anos de baixaQuando é que isso vai acabar?Foste para terras de FrançaÀ procura duma nova vidinhaComo não gostas de trabalharVoltaste para a santa terrinhaChamaste os bombeirosToda a gente pensou ser um cicloneTinhas o fogão a arderIas queimando o silicone Agora que está quase no fimTenho uma pergunta engasgadaSerá que é filho deleOu de uma outra empreitadaVai fazer confusão Àquela criança coitadaO pai tem cabeça de veadoE a mãe uma namoradaTens a mania que és chefeAndas armado em mauzãoTens medo que ela fujaPassas o dia de telefone na mãoE agora que a noite vai alta o testamento vou terminar. Deixo a crista à Sra. Vice pois o bico empinado já ela tem. Deixo as penas ao Sr. Presidente da Junta para se poder pavonear de festa em festa, já que de política nada percebe. As minhas pernas deixo ao presidente da câmara para que no poleiro se consiga agarrar, antes que venha o da Carregueira e o mande passear. Agora estou a falecer, vou desta para melhor, voltem para as vossas casas e se houver alguém arrependido faça como o presidente da assembleia, dê uma entrevista a O MIRANTE e, pronto, passa-lhe logo o arrependimento. E tenham muita atenção, nada de fazer comparações com aquilo que aqui ouviram. Isto é tudo imaginação e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...ou fruto das vossas cabecinhas marotas. Este testamento está a terminar, já há muita gente de orelhas a ferver, ide todos para vossas casas e metam pomada Halibut... para não arder. * Versão alargada em www.omirante.pt.
Enterro do Galo da Chamusca com muita critica social e...municipal

Mais Notícias

    A carregar...