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Ser sério e honesto é meio caminho andado para ter sucesso nos negócios

Ser sério e honesto é meio caminho andado para ter sucesso nos negócios

António Tomé Gonçalves é gerente da Tomé & Lopes da Castanheira do Ribatejo

Começou a trabalhar com 14 anos na fábrica de baterias da Tudor e nunca mais parou. Aos 20 anos lembrou-se de abrir uma loja de electrodomésticos e manteve-se no ramo até hoje. É um apaixonado pela freguesia onde vive e trabalha e sempre conciliou a profissão com a participação no movimento associativo. Diz que os hipermercados não são um rival porque não oferecem excelência no atendimento. Sportinguista de coração, faz parte do grupo que criou uma tertúlia leonina na vila.

Ser sério, honesto e sincero é a única maneira de vingar no mundo dos negócios. A opinião é de António Tomé Gonçalves, empresário de 68 anos que é também gerente, juntamente com a esposa, da Tomé & Lopes da Castanheira do Ribatejo, uma das principais lojas de electrodomésticos da freguesia.“É ponto de honra ser sério com os fornecedores e sério nas vendas com os clientes. Quem é sério não tem problemas hoje em dia. Os clientes sabem quando estão a ser enganados, é por isso que sempre que falo com eles me ponho do outro lado do balcão. Não gosto de enganar nem ser enganado, fico furioso quando sou enganado. Gosto das coisas correctas. Ser honesto, sincero, olhos nos olhos, é a única maneira da gente sobreviver. É assim que tenho levado a minha vida e não estou nada arrependido. Isso é parte do segredo do sucesso”, conta.António Gonçalves é natural de Carapinheira do Campo, Montemor-o-Velho, mas veio para Castanheira do Ribatejo muito novo com os pais, que trabalhavam na Tudor. Nunca mais saiu da localidade. “Sou um apaixonado pela terra. Às vezes por causa disso critico algumas coisas que não estão bem porque a vila precisava de mais coisas. Falta aqui um polidesportivo capaz com uma piscina, como têm outras terras. A plataforma logística estar naquele estado deixa-me com muita pena, tinha sido a salvação da Castanheira. Ainda há esperança, mas as empresas também já não são o que eram antigamente, vende-se menos, os negócios são diferentes”, lamenta a O MIRANTE.O seu primeiro emprego arranjou-o aos 14 anos quando entrou na fábrica da Tudor. Ainda passou por uma oficina enquanto cumpria o serviço militar e ajudou o pai a distribuir gás pelo país. Mas depois lembrou-se de entrar no ramo dos electrodomésticos e ter o seu próprio negócio. “Só havia uma loja na Castanheira e pensei que seria uma boa oportunidade”, conta. Não se arrependeu e o negócio floresceu. O empresário admite que o negócio já viu dias melhores e que a grande culpada pela reviravolta foi a crise. “Os últimos quatro anos foram uma desgraça”, lamenta. Actualmente as coisas começam novamente a ganhar fôlego. A Tomé & Lopes vende e repara electrodomésticos e material eléctrico. “Fazemos quase um pouco de tudo”, garante.António Gonçalves nunca teve um emprego de sonho e confessa ser um felizardo por fazer o que gosta. “Ainda consigo arranjar energia para vir trabalhar todos os dias, gosto muito do que faço. Mas não sou viciado em trabalho, quando chegamos a casa não falamos mais do trabalho, sou capaz de separar as águas”, garante. Confessa-se uma pessoa perfeccionista, que gosta da seriedade e da verdade. Gosta de se envolver nas questões que dizem respeito à terra onde vive e já exerceu vários cargos no movimento associativo local, desde presidente a secretário. Passou pelos órgãos sociais do Juventude da Castanheira, esteve na Associação Promotora de Apoio à Terceira Idade (APATI) e ainda passou pela presidência da assembleia de freguesia. Ultimamente fez parte do núcleo de fundadores da Tertúlia Leonina. É um sportinguista que gosta de ver jogar bom futebol e tem fé que o seu clube venha a ganhar o campeonato, apesar de admitir que não vai ser fácil.“Os hipermercados já foram o nosso rival, agora já não. Com o passar dos anos as pessoas já notam que há diferenças importantes. O atendimento nas grandes superfícies não é igual, é tudo muito bonito na hora de vender, mas quando se trata de ir meter a casa ou dar apoio no pós-venda é tudo muito mais complicado”, nota.António diz que antigamente as coisas eram melhores quando um electrodoméstico era quase um investimento para a vida. “Hoje em dia não é assim, há máquinas que se vendem por aí que se avariam ao fim de três anos”, critica. António não se arrepende de ter sido comerciante, apesar de ser uma vida dura. “Sou uma pessoa optimista que não gosta de desistir e por isso continuo todos os dias a dar o meu melhor”, conclui.
Ser sério e honesto é meio caminho andado para ter sucesso nos negócios

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