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Exigência de curso para comprar e aplicar produtos fitofarmacêuticos e um exagero

Quem não mete a terra a produzir devia pagar taxa? Tem graça, não tem? É uma opinião pouco esclarecida da dona Elizete Jardim, directora regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo. Opinião contrária tem a população portuguesa que é obrigada a tirar um curso  de aplicador de produtos fito farmacêuticos com um custo que pode variar entre os 55 e os 165 euros. Trata-se de uma exigência sem qualquer sentido. Para as pessoas aprenderem a aplicar os produtos já no século passado, nos anos sessenta, o programa TV Rural do Engº Sousa Veloso divulgava uma campanha de prevenção promovida pela empresa Sapec com um filme em desenho animado, protagonizado pela “Família Prudêncio”, que era muito esclarecedor e educativo. É só ir aos arquivos da RTP e voltar a transmiti-lo. Isso é serviço público. Usar máscara, luvas e óculos; não pulverizar em dias de vento; não comer enquanto aplica os produtos; não deixar as embalagens ao alcance das crianças; lavar as mãos e a cara depois de cada aplicação. Para curar uma roseira ou uma laranjeira é preciso tirar um curso e obter a carta de aplicador que permite comprar os respectivos produtos, mesmo que a pessoa tenho um curso de química ou de agronomia. É um exagero. Em Espanha, país da União Europeia como nós, as exigências são bem diferentes. As exigências só são aplicadas a quem tem mais de 2 hectares. Por isso a senhora Elizete tem que perceber que sem a aplicação de produtos não há agricultura e os terrenos ficam ao abandono e isso não se resolve com mais uma taxa mas com algum bom senso. Célia Monteiro

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