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Câmara de Almeirim antecipa em 11 anos pagamento do PAEL

Câmara de Almeirim antecipa em 11 anos pagamento do PAEL

Falta pagar 125 mil euros que serão liquidados com as verbas do IMI
A promessa do presidente da Câmara de Almeirim de pagar até final deste ano o empréstimo do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), contraído pelo seu antecessor e com o qual Pedro Ribeiro não concordou, está quase cumprida. Dos 694 mil euros pedidos falta apenas pagar 125 mil euros, um valor muito abaixo do que era exigido em termos de prazos e que se deve ao facto de a autarquia estar a fazer amortizações extraordinárias, segundo o relatório de acompanhamento do PAEL. Pedro Ribeiro pretende pagar o que falta em Maio, quando o município receber das Finanças o montante dos pagamentos pelos munícipes do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), que deve rondar um milhão e 200 mil euros. O dinheiro vai servir para pagar o subsídio de férias dos funcionários do município e o restante para liquidar de vez o PAEL. O autarca diz que este é o objectivo mas não se compromete com datas, porque pode haver algum desvio. Apesar disso, Pedro Ribeiro garante que a liquidação total do empréstimo não passa de 2016. A autarquia recorreu em 2013 a este mecanismo do Governo para as autarquias com vista ao pagamento de dívidas de curto prazo a fornecedores. O pagamento do empréstimo tinha um prazo de 14 anos, com prestações semestrais. O autarca já tinha dito a O MIRANTE que quer livrar-se rapidamente do encargo para não comprometer a estabilidade financeira da autarquia no futuro. Uma vez que o programa tem custos, com uma taxa de juro de 2,69 por cento.Recorde-se que Pedro Ribeiro era vice-presidente do município quando o ex-presidente Sousa Gomes (PS), falecido no dia 19 de Janeiro, propôs a aprovação da candidatura ao programa. Na altura Pedro Ribeiro, que estava em divergências políticas com o presidente, não concordou com a intenção mas acabou por votar a favor quando o assunto foi discutido na reunião do executivo. Na altura, Sousa Gomes, que não se podia recandidatar, justificava que desta forma podia libertar algumas verbas para fazer pequenas obras.O ex-presidente chegou a dizer que tinha sido boicotado internamente, porque na altura de se fazer a candidatura ao PAEL não apareceram alguns documentos e que o registo de facturação não estava em dia. O que, assegurava, impedia que se pedisse mais dinheiro. Sousa Gomes pretendia atingir Pedro Ribeiro, sobretudo por não querer que este fosse o candidato do PS, mas o vice-presidente refutou as acusações dizendo que nada tinha a ver com o pelouro das finanças municipais.
Câmara de Almeirim antecipa em 11 anos pagamento do PAEL

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