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Câmara de Santarém disponível para acolher serviços regionais de Agricultura na antiga EPC

Câmara de Santarém disponível para acolher serviços regionais de Agricultura na antiga EPC

Presidente do município clarifica posição e diz que estranhou mudança de planos por parte do Ministério da Agricultura

Governo investiu há cinco anos cerca de 200 mil euros na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém, para instalar os serviços do Ministério da Agricultura dispersos pela cidade, mas entretanto mudou de ideias.

A Câmara Municipal de Santarém está disponível para acolher no antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria (EPC) os serviços da Direcção Regional de Agricultura cuja sede está instalada na periferia da cidade. A afirmação foi feita pelo presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves (PSD), na reunião do executivo de segunda-feira e vem ao encontro dos anseios da directora regional de Agricultura, Elizete Jardim, que em entrevista recente a O MIRANTE queixava-se de não ter encontrado grande receptividade por parte do município quando sugeriu essa possibilidade.Na passada semana, Ricardo Gonçalves e Elizete Jardim reuniram e parece ter sido posta alguma água na fervura, com as posições a aproximarem-se. O autarca disse ao executivo camarário que está disponível para acolher os serviços da DRA dentro do espaço disponível na EPC, tendo já disponibilizado as plantas do complexo. Mas aproveitou também para recordar que, em 2009 e 2010, o Ministério da Agricultura fez obras na Quinta da Fonte Boa, no Vale de Santarém, precisamente para ali instalar os seus serviços espalhados por vários pontos de Santarém. “Parte dessas obras foram feitas, foram gastos 200 mil euros e os serviços nunca foram para lá”, afirmou Ricardo Gonçalves, confessando que estranhou uma mudança tão rápida e radical de planos por parte do Ministério da Agricultura, que primeiro investiu para concentrar os serviços na Fonte Boa e agora pretende levá-los para o centro da cidade.Recorde-se que as obras na Quinta da Fonte Boa foram adjudicadas na altura em que o ex-presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro (PS), natural do Vale de Santarém, era secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Os trabalhos foram entregues por ajuste directo, num total de 198 mil euros, a uma empresa de que era sócio o então presidente da Junta de Freguesia da Várzea, José António Coelho, eleito pelo PS.Os dois contratos foram formalizados no espaço de poucos dias em Dezembro de 2010, quatro meses antes de o último Governo socialista liderado por José Sócrates cair. Apesar de tutelar essa área à época, Rui Barreiro disse a O MIRANTE que não estava a par das decisões tomadas. “Julgo que foi uma boa decisão e nada mais tenho a dizer”, afirmou na altura (ver edição de 2011-07-28).
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