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Promessa do judo quer ser profissional e ir aos Jogos Olímpicos

Promessa do judo quer ser profissional e ir aos Jogos Olímpicos

Soraia Ribeiro sagrou-se campeã nacional de cadetes em representação do Cem Soldos

Aos 17 anos, a jovem tem no judo a sua grande paixão. A sua rotina diária é exigente: vive em Torres Novas, estuda em Fátima e treina em Tomar.

Quer ser diplomata mas o judo é, de momento, a sua grande paixão. Ser atleta profissional e participar nuns Jogos Olímpicos são sonhos assumidos. Soraia Ribeiro, 17 anos, é uma das promessas do judo do Sport Clube Operário de Cem Soldos. A jovem tem dado cartas na modalidade, sagrando-se recentemente campeã nacional no escalão de cadetes na categoria de -44 kg. Vive em Torres Novas e começou a praticar judo com 6 anos num ATL da cidade. Antes disso tinha praticado ginástica, modalidade que diz ter sido importante. Quando quis passar a competir mais a sério, decidiu inscrever-se num clube em Riachos. Foi por acompanhar o irmão mais velho, que também pratica a modalidade, que Soraia Ribeiro começou a gostar de judo. Há três anos decidiu mudar para o clube de Cem Soldos, perto de Tomar. “É um dos clubes que mais se destaca aqui na região”, justifica, acrescentando que o clube lhe dá as ferramentas necessárias para continuar a evoluir: “Somos pequenos mas ao mesmo tempo grandes. Com os resultados conseguimos aparecer, esforçamo-nos e chegamos onde os outros chegam”. Destaca o apoio dado pelo seu treinador como fundamental à sua evolução, que diz ser “espectacular”, considerando-o não apenas um mestre mas também um amigo: “Está sempre lá para tudo, está sempre disposto a ajudar”. Também a união existente no seio da equipa é importante. “Somos muito unidos, temos outras classes etárias mais novas e gostamos de dar o exemplo”. Soraia Ribeiro diz ser preciso muito trabalho para se estar no judo pois é uma modalidade exigente não só física mas também psicologicamente: “Temos que saber jogar com os dois, é para isso que trabalhamos”. Essencial também é o apoio da sua família. “A minha família apoia-me muito. A minha mãe está presente em todas as provas, mesmo no estrangeiro. E os meus irmãos também estão aqui no judo”.Rotina diária bastante exigenteA atleta estuda no 11º ano numa escola em Fátima e gostava de seguir a carreira de diplomata. A sua rotina diária é bastante exigente, vive em Torres Novas, estuda em Fátima, vai regularmente ao ginásio e ainda treina três vezes por semana em Tomar. Para conciliar tudo isso diz ser preciso muita organização e é isso que a ajuda a ter sucesso na escola e no judo. “Às vezes chego ao final do dia e sinto que já não tenho forças para mais nada”, confessa. Gosta de conviver com os amigos, apesar de não poder estar tanto com eles quanto gostaria, não vê muita televisão e não tem namorado. Adora correr, ir ao ginásio, ler e ouvir música. Apesar de gostar de doces e guloseimas - “quem não gosta” - consegue seguir uma dieta muito rigorosa, até porque precisa de vigiar o peso para se manter na sua categoria.O ano passado sofreu uma lesão durante um campeonato nacional. “Foi uma das coisas que mais me custou no judo”, diz. Soraia não desistiu e superou a lesão e este ano conseguiu sagrar-se campeã nacional de cadetes na categoria de -44kg numa competição em que estava muito nervosa.Soraia assume que o judo é a sua grande paixão e traça objectivos para o futuro: “Queria atingir os níveis de alto rendimento, ficar reconhecida a nível nacional e mundial, quero tornar-me uma atleta profissional”. E participar nuns Jogos Olímpicos é um sonho que a acompanha desde pequena. Agora está focada no seu próximo objectivo, o campeonato nacional de juniores, com a vitória sempre em mente: “Estou a trabalhar para o ganhar”.Os elogios do treinadorO treinador de Soraia é Filipe Gomes, que destaca as qualidades que fazem da judoca uma promessa na modalidade. “É uma atleta aguerrida, persistente, não desiste e isso tem sido fundamental”. Acrescenta que tem condições para chegar longe se quiser, mas tem de continuar a trabalhar: “Uma promessa não é só querer, tem que se querer muito para obter tudo o que se entender”.
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