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A paixão por carros e motas arrastou-o para a mecânica

A paixão por carros e motas arrastou-o para a mecânica

Sérgio Simão é sócio-gerente de “A Oficina”, em Santarém, há dois anos

O empresário afirma que o negócio não está a correr mal e que tanto ele como o sócio não se podem queixar. Em média, passam, por mês, na sua oficina cerca de uma centena de viaturas para reparar.

Desde pequeno que Sérgio Simão é apaixonado por carros e motas por isso foi com naturalidade que sempre trabalhou em oficinas. Está nesse ramo há 23 anos. No início da adolescência ia para junto do vizinho que reparava motas e ficava lá a ver como se fazia. Quando se fartou da escola, aos 16 anos, e depois de concluir o 9º ano, decidiu ir trabalhar. A sua mãe trabalhava perto de uma oficina e falou com o chefe para ver se precisavam de alguém para trabalhar. “Por acaso, nessa altura, eles estavam à procura de alguém e aproveitei a oportunidade. Foi ali que aprendi tudo o que sei hoje e trabalhei lá durante dez anos”, recorda a O MIRANTE.No entanto, antes de entrar no mercado de trabalho a sério trabalhou sempre nas férias escolares de Verão. Desde a apanha de tomate até dar serventia a pedreiros, Sérgio Simão fazia tudo o que pudesse para ganhar dinheiro para se divertir nas férias. Confessa que só sonhou trabalhar noutra área além desta, mas a paragem nos estudos não o permitiram. “Se tivesse continuado a estudar gostava de ter ido para a Força Aérea. Foi um sonho que ficou por concretizar porque me fartei da escola. Temos que tomar opções na vida e por isso desisti desse sonho, porque decidi começar a trabalhar cedo”, refere.Depois de dez anos no seu primeiro emprego, mudou-se para outra oficina em Santarém. Ficou por lá mais dez anos. Entretanto, cansou-se de trabalhar por conta de outrem e quando surgiu a oportunidade de ser sócio-gerente de “A Oficina”, em Vale de Estacas, em Santarém, resolveu arriscar. “Tive muitos amigos a aconselharem-me a não arriscar porque estávamos em plena crise. Tinha um emprego e um ordenado estável mas a saturação normal e o facto de trabalhar muitas horas fizeram-me tomar esta opção”, garante.Aos 39 anos, Sérgio Simão considera que foi a melhor decisão que tomou. Uma das regras que estabeleceu para si próprio foi não trabalhar para além das horas normais de laboração. E tem cumprido. Garante que ganhou qualidade de vida com a decisão de trabalhar por conta própria. O empresário afirma que o negócio não está a correr mal e que tanto ele como o seu sócio não se podem queixar. Em média, passam, por mês, na sua oficina cerca de uma centena de viaturas para reparar. Juntas de cabeça queimadas, problemas na embraiagem e travões são os problemas mais comuns que aparecem para resolver.O mecânico explica que tem clientes que gostam de levar o seu carro com regularidade à oficina para ver se está tudo bem. No entanto, também há aqueles clientes que só aparecem quando o carro apresenta algum problema. “Sabemos que há pessoas que têm o orçamento mais apertado e vão adiando levar o carro à oficina mas muitas vezes ainda pioram a situação. Quanto mais se deixa arrastar a situação aumenta a probabilidade de encarecer os custos da reparação”, sublinha. Na sua opinião, actualmente, os carros não são tão bons como antigamente. “A electrónica veio piorar os carros porque quando se avaria uma parte eléctrica normalmente a reparação é mais cara do que se for um problema mecânico”, explica.Nos tempos livres gosta de estar com a mulher e os três filhos e também de correr. Começou a correr por brincadeira mas acabou por tornar-se um vício. No final de mais um dia de trabalho calça os ténis e vai correr. Ao fim-de-semana aproveita as manhãs para fazer exercício. Já participou em meias maratonas (21 quilómetros) e provas mais curtas. Este ano quer apostar nos trails e ainda não decidiu se arrisca correr uma maratona. “Quando estou a correr esqueço todos os problemas. Fico cansado mas sabe muito bem. Aconselho toda a gente a experimentar correr”, conclui.
A paixão por carros e motas arrastou-o para a mecânica

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