uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Laranja do Pafarrão é boa mas está pouco divulgada

Laranja do Pafarrão é boa mas está pouco divulgada

Festa que promove o citrino decorreu no fim de semana mas alguns vendedores preferiram continuar com a banca montada à beira da estrada que liga Torres Novas a Fátima, não aderindo à iniciativa.

Pafarrão, aldeia do concelho de Torres Novas situada no sopé da serra de Aire, é conhecida por ser a “terra da laranja” e pelos seus vendedores que vendem os citrinos dos seus pomares à beira da estrada que liga Torres Novas a Fátima. A laranja tem qualidade excepcional mas, dizem alguns produtores, precisa de uma maior divulgação. É para isso, aliás, que existe a Festa da Laranja que decorreu no passado fim-de-semana.Fernanda Sousa é uma das poucas produtoras que trocou a venda junto à estrada para montar banca na festa. Está apenas há três anos no negócio e conta que hoje em dia já não há tanta procura, muito porque as pessoas preferem comprar nos supermercados por serem mais baratas. “Mas quem gosta desloca-se mesmo, porque sabe que esta laranja é boa, tem um sabor único”, diz. Lamenta que todos os vendedores não tenham aderido à festa. “Se viessem para aqui todos lucrávamos”. Fernanda Sousa diz que a laranja do Pafarrão precisa de ser mais divulgada e ajuda também a aldeia. “A laranja é boa e não se fica atrás da do Algarve”, refere. Este ano a produção foi mais fraca. O tempo e os insectos não ajudaram. “Apesar disso a laranja é de boa qualidade”, conta Natércia Ferreira que também as vende junto à estrada, embora nem sempre pois diz ter outros afazeres. O tecido produtivo, explica António Ferreira, presidente da Associação Cultural e Recreativa do Pafarrão, caracteriza-se por produtores mais envelhecidos mas apesar disso começa a assistir-se a uma renovação. “É bom para nós assistirmos a esta renovação. Não é preciso esta associação e outras entidades fazerem muito porque as condições naturais favorecem o desenvolvimento desta actividade e, independentemente das vontades de quem esteja à frente dos pomares, hoje as condições continuam a verificar-se, porque ninguém vai substituir os nossos solos e o nosso clima”, diz. Por isso é com esperança que António Ferreira vê a laranja do Pafarrão com futuro garantido: “Pode eventualmente, embora não seja isso que acontece agora, que daqui a uns anos os pomares sejam abandonados, mas certamente aparecerão outros que os vão aproveitar e torná-los mais produtivos”, finaliza. Normalmente apelidada de Feira da Laranja este ano a iniciativa passou a chamar-se festa e com menos expositores. Isto porque os tradicionais vendedores que estão à beira da estrada nacional preferem ali manter-se de modo a não perder os seus clientes habituais. “As pessoas passaram a ter mais clientes no espaço onde vendem habitualmente na estrada nacional. Ao terem aí os seus pontos de venda fidelizaram clientes e agora não querem abandonar os seus pontos de venda para não perderem os clientes”, explica António Ferreira. Para realizar a festa convidaram algumas pessoas que não têm os seus pontos de venda na beira da estrada e que vendem, por exemplo, a laranja nos mercados. O espaço novo criado recentemente junto à associação ajudou a criar melhores condições para os expositores e as condições climatéricas também ajudaram a trazer mais visitantes este ano à festa que tem como uma das atracções o sempre curioso e divertido Campeonato Nacional de Corrida de Motores de Rega.
Laranja do Pafarrão é boa mas está pouco divulgada

Mais Notícias

    A carregar...