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Empresário reclama há seis anos que Câmara do Cartaxo lhe pague dívida

Rodrigo Palmeiro foi à reunião do executivo dizer que foi um erro acreditar na palavra dos autarcas à época. Em causa está um valor de cerca de 8 mil euros. Actual presidente do município afirma que não pode fazer nada porque os trabalhos foram contratados sem terem suporte em documentos legais.

O empresário Rodrigo Palmeiro acusa o município do Cartaxo de, nos mandatos dos presidentes Paulo Caldas (PS) e Paulo Varanda (PS), ter requisitado serviços da sua empresa “Tá na Hora Audiovisuais” no valor de 7800 euros + IVA, que nunca pagou. Esta não é a primeira vez que empresário cartaxense foi à reunião do executivo denunciar publicamente a situação uma vez que pretende ser ressarcido do dinheiro que, garante, o município lhe deve há mais de seis anos. Os trabalhos em causa foram executados em 2010 e 2011, tendo um deles sido a propósito da inauguração do Parque Central do Cartaxo.“O trabalho para executar para o parque central foi pedido numa sexta-feira à noite, na véspera da inauguração. Foi tudo acordado apenas através de palavra, não houve requisições porque acreditei na palavra e na boa-fé dos autarcas. A verdade é que, por ter acreditado na palavra dos autarcas, estou há seis anos à espera que me paguem o que me devem. Não sou político, não entendo nada, mas o executivo da altura deve assumir as suas responsabilidades e não me mandarem falar com os responsáveis dos departamentos financeiro e de comunicação da câmara, porque não são eles que me podem resolver o problema”, criticou, admitindo ter sido um erro confiar na palavra dos autarcas da altura.O actual presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), lamentou a situação e explicou que quando o seu executivo tomou posse, em Outubro de 2013, ficou de “mãos e pés atados” em relação às requisições dos mandatos anteriores. “Tenho conhecimento que houve conversas, vi os pedidos de requisições através do Facebook mas, legalmente, isso não comprova nada. É uma dívida que não está reconhecida porque não há documentos legais. A única forma da câmara municipal poder ressarci-lo é o senhor ir para tribunal para tentar reaver o dinheiro que o município lhe deve”, disse Pedro Ribeiro.Numa das reuniões camarárias em que o empresário denunciou a situação, Paulo Varanda estava presente enquanto vereador da oposição, eleito pelo movimento Paulo Varanda - Movimento Pelo Cartaxo. O ex-presidente admitiu ter conhecimento da situação que “não correu bem” e que, na altura, tentou encontrar-se uma solução mas que não se chegou a nenhuma conclusão. “Seria interessante que se avaliasse estas situações caso a caso para se resolver da melhor forma possível. E que os responsáveis pelo pedido do serviço pagassem do seu próprio bolso por não ter havido requisição imediata”, afirmou.Rodrigo Palmeiro recordou que Paulo Varanda foi uma das pessoas que lhe solicitou serviço sem a referida requisição. “Fui ingénuo e é desta forma que os autarcas incentivam os jovens a serem empreendedores. Isto é uma vergonha, trabalho para outras autarquias do país e só tenho problemas com o município da minha terra”, lamentou.

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