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Carla Maria Ribeiro Paião

Carla Maria Ribeiro Paião

Agente de Seguros, 39 anos, Abrantes

Se estiver num dia zen posso usar a liberdade de expressão do ser humano para criticar a situação falando directamente com os meus botões mas num tom suficientemente audível pelo “interessado”. * * *Se tivesse trezentos mil euros na minha conta claro que seria capaz de dar 300 euros por uns sapatos mas jamais teriam o mesmo valor dos sapatos de 30euros que compro neste momento com a “fortuna” que possuo.

Sente-se livre?Para mim saber quem sou não depende da opinião dos outros. Sei para onde vou, com quem quero ir, tenho aprofundado o saber daquilo em que acredito. Todos os dias da minha vida encontro motivos para sorrir mesmo que os dias sejam cinzentos. Sim, sinto-me livre.Era capaz de dar trezentos euros por uns sapatos?Estamos na era onde nada (material) tem valor mas tudo tem um preço. Se tivesse trezentos mil euros na minha conta, claro que seria capaz de dar 300 euros por uns sapatos mas jamais teriam o mesmo valor dos sapatos de 30 euros que compro neste momento com a “fortuna” que possuo.Ler jornais é saber mais?Vindo de alguém formado em jornalismo até parece mal mas, hoje em dia, muitas vezes ler jornais é saber demais do que não precisamos de saber e saber de menos do que realmente devia ser divulgado e se oculta ao serviço de um “bem” maior.Há alguma coisa pela qual ainda valha a pena lutar até à morte se necessário for?Sim existe. Do 1º ao último lugar, não sendo uma coisa, mas sendo a mais profunda e inabalável prova de amor que conheço, existem os meus filhos. Nos intermédios da vida existem muitas razões pelas quais não me importaria de lutar, só não tenho a certeza absoluta se iria valer a pena.Alguma vez se sentiu esmagado pela beleza de alguém ou de alguma coisa?Deslumbra-me o que desconhecemos da infinitude do Universo e da Vida mas não me esmaga. Por outro lado a maldade e falta de carácter já me conseguiram esmagar algumas vezes.O que gostava de fazer e não faz com medo de cair no ridículo?Cantar!E sabe algum refrão de uma cantiga do Quim Barreiros?Ui… claro que sim.O que tem que fazer um homem para ser um verdadeiro homem?Qualquer pessoa profunda e verdadeira que saiba decifrar sem concluir e que saiba “que o essencial é invisível para os olhos” (Antoine de Saint-Exupéry), será com toda a certeza uma pessoa que vale a pena conhecer.Se vir alguém deitar lixo para o chão diz-lhe alguma coisa?Depende do dia. Se estiver muito bem disposta repreendo a brincar. Se estiver num dia zen posso usar a liberdade de expressão do ser humano para criticar a situação falando directamente com os meus botões mas num tom suficientemente audível pelo “interessado”. Se estiver muito menos bem disposta farei um esforço para não dizer nada, caso contrário poderá correr mal.O ensino do fandango devia ser obrigatório nas escolas ribatejanas?Sinceramente, o ensino do fandango só por si não concordo de modo nenhum. Já o ensino de todo o tipo de dança em geral teria toda a minha aprovação. Dançar liberta.Quem lhe contava histórias quando era criança?Ninguém… quando aprendi a ler vinguei-me e devorei bibliotecas.Durante quanto tempo é capaz de guardar um segredo?Para toda a eternidade, garantidamente.Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer?Depende da faixa etária (risos).Alguma vez escreveu um poema?Ah! Ah! Ah!… já escrevi imensos poemas e prosas e romances. Tenho-os guardados na minha gaveta de “coisas” especiais para um dia, quem sabe… Já publiquei um livro de poemas com alguma prosa à mistura. Chama-se “À Deriva” (Editora Chiado).
Carla Maria Ribeiro Paião

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