“A Formiga” é o nome da divertida peça que o TER - Teatro Experimental de Riachos, Associação Cultural estreou no domingo, 3 de Abril e que encheu a Casa do Povo local. Uma comédia à portuguesa, para rir do início ao fim, com uma crítica social bem vincada e um tema actual: as famílias ricas que estão a cair em decadência e que acabam muitas vezes por receber ajuda de onde menos se espera, dos pobres. Carlos Petisca para além de actor na peça, foi também um dos encenadores deste trabalho. Natural da Chamusca, pertence a três grupos de teatro e faz este ano 28 anos de palco. A esta peça não se conhece o seu autor, foi encontrada por Carlos Petisca junto das coisas do seu pai que em tempos fazia de ponto. A peça chegou a estar em cena na Chamusca em 1958. Segundo Carlos Petisca, no documento original escrito ainda à máquina, são visíveis alguns cortes com o famoso lápis azul da censura do Estado Novo. Sempre teve o desejo de a encenar e encontrou em Riachos o sítio ideal para o fazer. A única condição foi que o papel principal, o de Formiga, pertencesse a Vera Oliveira, que o desempenhou na perfeição. A peça “A Formiga” contou com a participação especial da Banda da Sociedade Velha Filarmónica Riachense. Esta presença parte de um objectivo do TER, em envolver todas as colectividades de Riachos, criando um espírito de união e partilha entre todos, como explicou a O MIRANTE José Rito, presidente e também um dos actores do TER. “O teatro dá para todos, é só querer”, refere. Esta peça contou com cerca de 20 actores em palco mas nem todos são de Riachos. A maioria é de localidades vizinhas. Esta é situação é algo que José Rito gostaria de ver contrariada e por isso lança o apelo para que mais riachenses venham fazer teatro.