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Vereador critica qualidade de comida das escolas de Tomar

O vereador do movimento Independentes por Tomar (IpT) criticou o facto da comida que sobra nos refeitórios das escolas do concelho ir para o lixo. Pedro Marques não considera que a culpa seja do município mas que este deve ter um papel mais interventivo. “Isto é um negócio para as empresas responsáveis pelas refeições escolares. Eu preferia não respeitar a lei nestes casos. A câmara municipal deve intervir junto das escolas e do Ministério da Educação para que as regras mudem”, defendeu em sessão camarária.O vereador da oposição referiu também que o Ministério da Educação deve possibilitar que as escolas voltem a ser responsáveis pela confecção da comida para os alunos. “Não estamos só a falar da quantidade de comida que é colocada no prato mas também da qualidade. Quando a comida era confeccionada pelas cozinheiras das escolas tinha qualidade e temos que voltar a seguir o caminho da qualidade. É frequente ver os alunos a comerem fora das escolas porque sabem que a refeição escolar não é tão boa”, sublinha.O vereador Hugo Cristóvão (PS), que detém o pelouro da Educação, explicou que a capacidade de intervenção do município é limitada nessa área e que o problema maior acontece nas cantinas que estão concessionadas a empresas. “Só na Escola EB 2,3 Gualdim Pais é que são os funcionários a confeccionar as refeições e nota-se a qualidade da comida”, diz. Hugo Cristóvão considera a actual lei em vigor “ridícula” que proíbe a distribuição da alimentação diária que sobra. “Se distribuirmos essas sobras corremos o risco de sermos multados”, explica.O autarca esclareceu o restante executivo municipal que estão a tentar encontrar soluções, a partir do próximo ano lectivo, para melhorar a qualidade da comida nomeadamente com o acompanhamento de uma nutricionista que ajude a elaborar a ementa. “Queremos melhorar a alimentação e a sua qualidade porque sabemos que para muitos alunos a refeição na escola acaba por ser a única do dia que ingerem com maior substância”, reflecte.O vereador João Tenreiro (PSD) recordou que, em Novembro de 2013, os vereadores do seu partido apresentaram ao executivo municipal uma recomendação onde sugerem a criação de um movimento local de combate ao desperdício alimentar. “Assiste-se hoje a um grande crescimento da pobreza, muita dela escondida e latente, mostrando a realidade daqueles que infelizmente são já denominados como os ‘novos pobres’. Esta crise afecta as famílias com menor poder de compra levando, consequentemente, a um acesso mais dificultado a bens de primeira necessidade. É necessário que a autarquia assuma, com os meios que tem ao seu dispor, um conjunto de acções no sentido de atenuar estas situações”, mencionaram na altura.

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