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Salário dos trabalhadores da Impormol só está garantido este mês

Ponto da situação foi feito em reunião que envolveu trabalhadores, sindicatos e autarcas

Fábrica de molas para automóveis localizada em Virtudes, Azambuja, parou a produção há duas semanas e comunicou aos trabalhadores que estavam dispensados de comparecer ao serviço.

O sindicato representativo dos trabalhadores da Impormol, situada em Virtudes, Azambuja, disse que a administração da empresa só assegura os salários de Abril e o subsídio de férias e que o futuro da unidade ainda é “incerto”.O ponto de situação foi dado a conhecer no dia 13 de Abril pela administração da Frauenthal Automotive (conhecida localmente como Impormol) durante uma reunião em que, além da comissão de trabalhadores, participaram os presidentes das Câmaras de Azambuja e do Cartaxo, concelhos a que pertencem os 180 funcionários dessa unidade fabril. A Impormol, empresa de fabrico de molas para automóveis, suspendeu a sua produção há duas semanas e comunicou aos trabalhadores que estavam dispensados de comparecer ao serviço.No final da reunião, em declarações à agência Lusa, Fernando Pina, do Sindicato das Indústrias Transformadoras de Energia e Ambiente, afirmou que o encontro em Azambuja foi “inconclusivo” e lamentou que a empresa continue sem dar respostas concretas sobre o seu futuro. “Disseram-nos que o salário do mês de Abril é uma garantia, assim como o subsídio de férias, mas que daí para a frente é uma incógnita”. No entanto, apesar do impasse, o sindicalista ressalvou que, “para já”, os trabalhadores não irão avançar com qualquer acção concreta, mantendo apenas as concentrações diárias junto à empresa.Contactado pela Lusa, o director executivo da Impormol, Walter Manns, confirmou que a empresa só garante para já os salários deste mês e assegurou que ainda não existe uma decisão sobre o possível encerramento.Por seu turno, os presidentes das Câmaras de Azambuja e do Cartaxo, que também participaram nessa reunião, manifestaram-se “bastante preocupados” com o eventual encerramento da fábrica e asseguraram que tudo irão fazer para apoiar os trabalhadores. “Para já tudo é uma incógnita. Já solicitámos ontem [12 de Abril] reuniões urgentes com a Segurança Social e com o Ministério da Economia para tentarmos ver o que se pode fazer. Ainda existem muitas dúvidas”, lamentou à Lusa o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS).No mesmo sentido, o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), afirmou que “face à incerteza” é necessário “acautelar o futuro” dos trabalhadores. “Dos 180 trabalhadores desta empresa 111 são do concelho do Cartaxo. Neste momento estamos a estudar que respostas sociais é que poderão ser dadas às famílias e até eventuais programas de requalificação profissional”, adiantou o autarca.A Impormol, que labora há cerca de 40 anos, foi adquirida recentemente pela Heavy Metal Invest, com sede no Liechenstein, que comprou 51% das acções em Janeiro deste ano e as restantes 49% em Março. Em declarações anteriores à Lusa, o director financeiro, Paulo Antunes, afirmou que a falta de encomendas tornou a situação financeira da empresa “inviável” e que provavelmente deverá “avançar para um processo de insolvência”.

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