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Câmara de Santarém quer criar três museus na antiga EPC

Câmara de Santarém quer criar três museus na antiga EPC

Autarquia clarifica, num programa estratégico perspectivado até 2030, o que pretende para o futuro daquele espaço situado no centro da cidade, que poderá também acolher um pólo equestre e um silo para estacionamento automóvel.

O antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, é o local escolhido pelo município para acolher três novos museus: um dedicado ao 25 de Abril, à Liberdade e a Salgueiro Maia, outro à gastronomia e um terceiro à cidade. Estas intenções constam do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Planalto de Santarém, um documento elaborado pela Câmara de Santarém que já esteve em discussão pública e contou com a participação de apenas um munícipe.
O plano aponta algumas pistas sobre o que a Câmara Municipal de Santarém pretende fazer até 2030 em prol da valorização e reabilitação urbana da cidade, nele surgindo projectos há muito falados - como a reabilitação do mercado municipal ou da igreja de S. João do Alporão - e também a definição do que se pretende para o antigo quartel militar. Para além dos museus, está perspectivada a reabilitação das paradas, a criação de um pólo equestre e a construção de um silo para estacionamento automóvel. A possível instalação de novos tribunais nesse espaço também está contemplada e tem sido objecto de contactos entre a autarquia e o Governo.
O vereador Celso Braz (PS) criticou o facto de o programa não definir um cronograma de intervenções nem prioridades e referiu que há vários pontos do planalto “completamente esquecidos”, apontando o caso da zona da Senhora do Monte, a envolvente ao convento de Santa Clara, ou as traseiras em ruínas do convento de São Francisco, numa das entradas da cidade.
À semelhança do seu companheiro de partido Celso Braz e do vereador da CDU Jorge Luís, Ricardo Segurado (PS) também lamentou que não houvesse mais participação no processo de elaboração do plano e que este não tenha sido mais publicitado junto dos cidadãos. “Um processo destes devia ser o mais transparente possível, o mais participado possível, com debates para ouvir os cidadãos”, disse, acrescentando que havia intervenções previstas que são óbvias, como na Torre das Cabaças ou no mercado, e outras que suscitam algumas reservas, como a do silo automóvel na antiga EPC. Um projecto decorrente do facto de as paradas, actualmente usadas para estacionamento, irem perder essa função após serem reabilitadas.
O vereador Luís Farinha (PSD) estranhou essas questões da oposição, lembrando que aquele ponto já tinha estado anteriormente em agenda numa reunião de câmara e não gerara tanta discussão. “Santarém tem um património muito grande, que cria enormes desafios. Não podemos atacar todos os desafios e tivemos de ser selectivos. As escolhas são sempre passíveis de críticas”, afirmou, recordando que o processo voltou à câmara com a finalidade de se integrar a área da antiga EPC na Área de Reabilitação Urbana (ARU) já definida. Sem isso, não haveria possibilidade de candidatar a fundos comunitários os projectos a desenvolver no antigo quartel.

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