uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Roubaram-lhe o cofre e queimaram o carro em que o transportaram

Roubaram-lhe o cofre e queimaram o carro em que o transportaram

Cinco dias depois, Isabel Almeida, 50 anos, ainda tem dificuldade em acreditar no que lhe aconteceu naquela quinta-feira, 28 de Abril. Três homens encapuzados invadiram a sua moradia no centro da vila de Minde, concelho de Alcanena, onde estava com a sua mãe de 90 anos. Os intrusos ameaçaram, amordaçaram e amarraram as duas mulheres para depois revirarem a casa do avesso. Os assaltantes levaram um automóvel, um cofre, um telemóvel, um relógio e outros bens.
Visivelmente emocionada, Isabel Almeida conta a O MIRANTE que, apesar de terem sido amarradas e ameaçadas, os assaltantes nunca foram violentos. O assalto começou por volta das 21h45 e durou cerca de meia hora. Como não conseguiram encontrar a chave do cofre, decidiram levá-lo consigo. Para isso usaram a viatura de Isabel, que apareceria mais tarde totalmente destruída pelo fogo.
Amarrada e amordaçada, Isabel Almeida conseguiu pedir ajuda batendo com a cabeça na porta de um vizinho, que chamou as autoridades. Ainda dentro da residência estava o seu pai, de 90 anos, que se encontrava deitado. O idoso não se apercebeu de nada e a filha diz que só lhe contou no dia seguinte pois não o quis alarmar.
Para entrar na propriedade, os assaltantes tiveram que transpor um muro de cerca de dois metros de altura situado nas traseiras. Isabel Almeida diz que na altura foi um “grande choque” e que hoje pensa que o assalto pode ter sido planeado. A GNR foi chamada ao local e a investigação está agora a cargo da Policia Judiciária.
Mesmo ali ao lado, na fábrica de malhas de Alfredo Rui, que esteve a laborar até as 22h00, ninguém deu por nada. Residente em Minde, Alfredo Rui contou a O MIRANTE
que casos como este mexem com a população. “Estamos todos preocupados que isto aconteça numa terra tão pacata como é Minde.”, refere. António Exposto, também morador na vila, diz que “anda tudo sobressaltado”, até porque há cerca de dois meses houve outro assalto. António Fresco, presidente da Junta de Freguesia de Minde, pronuncia-se no mesmo sentido: “É natural que me sinta preocupado também as pessoas não se sentem seguras”.
O assunto dominou também o início da última reunião da Câmara de Alcanena, com os vereadores e a presidente da autarquia a demonstrarem apreensão, dado que casos destes não são muito comuns num concelho normalmente tranquilo.

Roubaram-lhe o cofre e queimaram o carro em que o transportaram

Mais Notícias

    A carregar...