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Discórdia no processo de mudança de instalações da Escola Profissional de Tomar

A maioria PS/CDU que governa a Câmara de Tomar demonstra uma “enorme falta de respeito pelo restante executivo municipal”. A acusação é do vereador do movimento Independentes por Tomar (IpT), Pedro Marques. Também o vereador do PSD, João Tenreiro, considera que a autarquia está a “colocar o carro à frente dos bois”. Em causa está a forma como a Câmara de Tomar está a preparar o projecto para reabilitação do edifício do antigo Colégio Nun’Álvares Pereira para lá instalar a Escola Profissional de Tomar (EPT).
A Câmara de Tomar detém 50 por cento da EPT desde o primeiro mandato do presidente António Paiva (PSD). Os outros 50 por cento são detidos pela Nersant (Associação Empresarial da Região de Santarém), Acitofeba (Associação de Comerciantes e Industriais dos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha) e Turismo do Centro. No entanto, o Turismo do Centro está excluído da gestão da escola.
O assunto sobre este processo de instalação da EPT constava da ordem de trabalhos da última reunião camarária para conhecimento do executivo. Pedro Marques não gostou que os documentos fossem apenas para conhecimento da vereação, afirmando que o assunto deveria ter ido a reunião do executivo para ser deliberado. “Com que autoridade uma terceira entidade pode intervir, e dizer como as coisas devem ser feitas, num equipamento público como é o edifício do antigo colégio?”, questionou o vereador. E acrescentou que o assunto não tem sido apresentado de forma clara. “Tem que ser a autarquia a definir como vai ser feita a intervenção no antigo Colégio Nun’Álvares Pereira”, sublinhou.
Pedro Marques afirma que o contrato escrito entre a Câmara de Tomar e a EPT deve ser elaborado com rigor e que todos os interesses sejam salvaguardados. João Tenreiro alertou para a “falta de legitimidade” com que se estão a fazer os procedimentos deste processo. “A câmara municipal não pode avançar com procedimentos para fazer obras num edifício público em nome da Escola Profissional quando não tem legitimidade para o fazer”, disse.
O vereador com o pelouro da Educação, Hugo Cristóvão (PS), esclareceu que a EPT está habilitada para tal. Além disso, reforçou, estão a ser dados os passos necessários com o acompanhamento dos serviços técnicos da autarquia. “Não vai haver obras no edifício antes de ser assinado o contrato. Estamos a tentar resolver um problema que tem vários anos que é a falta de espaço que a Escola Profissional de Tomar tem”. Cristóvão acrescentou que a EPT paga uma renda à Câmara de Tomar pelo espaço que ocupa e que será a escola a pagar as obras. “Tudo isto será esclarecido nos documentos que iremos apresentar, a devido tempo. O edifício do Colégio Nun’Álvares Pereira é propriedade do município e continuará a ser”, garantiu.

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