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José Madeira

Gerente da Gigapeças, 73 anos, Alto do Bexiga, Santarém

Prefere carro ou mota?
Gosto de motas mas prefiro o carro. É mais seguro.
Qual foi a sua maior aventura?
Quando estive na tropa em 1968 viajei pelo norte de Angola num carro velho. Quando vinham as trovoadas tropicais e começava a chover, e se chovia tinha de parar pois o carro metia água por todos os lados. Também não havia chapéu-de-chuva. Fui com mais três colegas. Arriscámos muito. Se houvesse um raio que caísse perto de nós explodíamos porque levávamos jerricans de combustíveis connosco.
Qual a sua actividade preferida a nível profissional?
O que mais gosto de fazer é ser comercial. Gosto de contactar com pessoas de todas as idades e de ouvir as suas opiniões sobre os mais variados temas. Nos fins-de-semana faço agricultura na minha horta. Sou eu que semeio, rego e colho, embora a minha esposa ajude um bocadinho.
Viu todos os jogos de Portugal do Euro 2016?
Não vi todos os jogos porque alguns calharam quando estava a trabalhar. Os objectivos foram alcançados e a prestação foi pragmaticamente sublime... Posso dizer que já andava a sonhar com a vitória há alguns anos.
Qual o petisco a que não resiste no Verão?
Não consigo resistir a caracóis, caracoletas e salada de polvo! Nesta altura do ano sabe muito bem e com vinho tinto ou cerveja ainda sabe melhor. Não podemos esquecer que um copo de vinho tinto é saudável.
Gosta de cozinhar? Qual o seu prato favorito?
Gostava de saber cozinhar mas, como não sei, só faço grelhados e saladas. Mas sou um bom garfo. Gosto de qualquer prato desde que bem confeccionado. A cozinha é uma arte e nem todos os cozinheiros são bons...O meu prato favorito é lebre com feijão e couves.
Já tem planos para as férias de 2016?
Sim. Algarve, Costa Vicentina e Caminha... Gosto de praia para descansar e gosto de ver as boas paisagens que temos em Portugal. É de lamentar que muitos portugueses que visitam as praias não conheçam os seus arredores.
O que lhe causa mais preocupação nos tempos que correm?
A ausência de responsabilidades efectivas dos que ocupam cargos políticos; a falta de ética nas relações entre pessoas; a ausência generalizada de leitura. Se perguntássemos a cada pessoa que livro anda a ler ou leu no último ano ficaríamos surpreendidos.
Qual foi a sua maior extravagância?
Foi ter comprado um bilhete inteiro na lotaria de Natal. Foi há muitos anos, em 1972. Não ganhei nada e ainda bem. Se tivesse ganho sei que iria gastar tudo no dia seguinte.
O que mudaria no nosso país?
Responsabilizar os decisores políticos pelos seus actos e não permitir que os programas escolares se alterem de cada vez que muda o governo. Equipas de especialistas deviam elaborar os programas e depois acompanhar a sua execução e resultados.
Qual foi a melhor viagem que fez até hoje?
Foi a Cuba, em 2001. Observei um povo que sabe viver com o que tem e pareceu-me feliz. Contrariamente àqueles que nunca lá foram mas sabem tudo.... Fiquei impressionado com uma feira do livro gigante ao ar livre, com clientes locais e turistas negociando e comprando livros.
De quem é a culpa da crise?
A culpa é de todos de todos! Dos que votam mas sobretudo dos que não votam. Não votando “votam” a favor do que não querem.
Qual o momento mais marcante da sua vida?
Foi o nascimento do primeiro filho. A minha vida mudou devido ao seu nascimento.
De que objecto nunca se separa?
Da esferográfica e dos óculos.
Alguma vez deu sangue?
Sim. Dei sempre que me pediram para ajudar. Hoje em dia já não posso dar.
O que fazia em Santarém se pudesse?
Dava utilização aos edifícios públicos devolutos. Temos espalhados pela cidade vários espaços que poderiam ser aproveitados e assim não se estavam a degradar e a ser alvo de vandalismo.
As redes sociais afastam-nos ou aproximam-nos dos outros?
As redes sociais aproximam-nos dos outros. A partilha de conhecimentos e opiniões, ainda que de maneira virtual, desenvolve as pessoas e obriga-nos a reflectir. Apesar de alguns perigos o saldo é positivo. “Admirável mundo novo!”.

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