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Director de colégio de Fátima acusa ministério de pressionar encarregados de educação

Director de colégio de Fátima acusa ministério de pressionar encarregados de educação

Pais estão a ser notificados para reunirem com inspectores da educação sobre os motivos de matricularem os filhos em escolas privadas fora da sua área de residência.

O director do Centro de Estudos de Fátima, Manuel Bento, acusou o Ministério da Educação de estar a pressionar os encarregados de educação dessa zona no momento de inscrição e matrícula dos alunos nos colégios privados. “Os pais estão muito assustados, porque estão a ser notificados para reunirem com inspectores da educação sobre os motivos de matricularem os filhos em escolas fora da sua área de residência, quando nos processos já têm de o referir”, salientou o responsável.
Manuel Bento, que é também representante no movimento Escola Ponto, considera que esta é uma “forma de pressão inaceitável sobre os pais, que não podem ser incomodados com esta situação”. “Uma coisa é saber se as turmas vão ser financiadas ou não, outra é os pais poderem inscrever os filhos em escolas fora da sua área de residência por questões devidamente justificadas”, sublinhou.
Os pais foram notificados por carta registada pelo Agrupamento de Escolas de Ourém de que “se as moradas dos alunos se situarem fora da freguesia de abrangência do colégio pretendido, os encarregados de educação devem ser informados dessa circunstância, designadamente quanto à não aceitação, para financiamento, por parte do Ministério da Educação, de alunos oriundos de outras freguesias que não a estipulada em relação a cada colégio”.
A encarregada de educação Susana Reis, residente em Sobral, Ourém, confirmou à agência Lusa que foi convocada para uma reunião com um inspector do Ministério da Educação, depois de ter inscrito o seu filho, que vai iniciar o segundo ciclo, num colégio em Fátima. “Trabalho em Fátima e está completamente fora de questão o meu filho ir estudar para Ourém. Como mãe tenho opção de escolher a escola e assim vai ser”, asseverou.
Carla Pinto, residente na freguesia de Atouguia, Ourém, considera que Fátima é mais próximo do que a sede do seu concelho, e que, por isso, também matriculou o seu filho num colégio daquela localidade, onde também já estuda a irmã. “Confio no Colégio do Sagrado Coração de Maria e estou mais descansada ali, porque sei que ele vai estar o dia todo na escola, enquanto nos estabelecimentos públicos existem muitos períodos livres”, argumentou esta mãe, que também aguarda decisão da sua opção.
Na semana passada, a associação que representa os colégios privados adiantou que há já três decisões judiciais que negam a existência de qualquer limitação geográfica de origem dos alunos para efeitos de matrícula, como argumenta o Ministério de Educação (ME).

Director de colégio de Fátima acusa ministério de pressionar encarregados de educação

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