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Solução à vista para a fábrica da DAI em Coruche

Solução à vista para a fábrica da DAI em Coruche

Novos investidores vão permitir reactivar a fábrica para transformar beterraba

Já há acordo para que a fábrica da DAI- Sociedade de Desenvolvimento Agro- Industrial S.A, em Coruche, possa voltar a laborar. A novidade foi revelada a O MIRANTE por José Cabrita, que administrou a empresa de produção de açúcar até ao encerramento. A fábrica, que é uma das mais modernas refinarias de açúcar da Europa e que entrou em lay-off em Julho deste ano, deixou mais de 100 pessoas sem trabalho.
“Foi assinado na quarta-feira, 10 de Agosto, um acordo com investidores que vão dispor da maioria do capital e portanto nesse sentido serão eles os responsáveis pela condução e pela implementação deste projecto de retorno da beterraba e da produção de açúcar”, diz. A perspectiva passa por relançar a produção de açúcar a partir de beterraba a partir do verão de 2018. As sementeiras de beterraba devem começar a ser feitas a partir de Setembro/Outubro de 2017.
O ex-administrador refere que “as negociações se iniciaram há cerca de oito meses e neste momento estão concluídas”. José Cabrita não tem autorização para revelar quem são os investidores mas pode adiantar que “são portugueses e agora vão negociar com os bancos e com fundos do Portugal 2020 para garantir o financiamento necessário para a concretização do projecto”, esclarece.
Foi encontrada uma solução para os trabalhadores, que passa pela suspensão do contratos de trabalho, mas que garante o vínculo que os trabalhadores têm com a empresa, e que lhes permite, enquanto a fábrica não reinicia a actividade, receber o subsídio de desemprego durante esse período. “Para evitarmos mais encargos para a empresa pedimos aos trabalhadores que aceitassem esse acordo que não prejudica os seus direitos e recebem um montante semelhante ao do Lay-off, mas suportado integralmente pela Segurança Social”, explica José Cabrita.
A DAI foi fundada em 1993 e a sua actividade industrial iniciou-se quatro anos depois. Começou por produzir açúcar a partir de beterraba. Uma cultura que teve grande expansão na região sobretudo entre produtores de milho que aproveitavam a beterraba para fazer a rotação dos solos. Em 2006 com a decisão da Comissão Europeia de reduzir a quota de produção das empresas do sector e os apoios à produção de beterraba sacarina, a DAI teve que redefinir o futuro. Adaptou a unidade e passou a refinar exclusivamente açúcar de cana mas a conjectura económica não permitiu que continuasse a laborar.

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