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Bairro do Flecheiro exalta ânimos entre vereadores

Bairro do Flecheiro exalta ânimos entre vereadores

João Tenreiro (PSD) e Hugo Cristóvão (PS) protagonizaram discussão acesa numa reunião onde a oposição criticou a presidente da Câmara de Tomar de dar informação à comunicação social antes de informar o executivo municipal.

A discussão sobre uma solução para o Bairro do Flecheiro em Tomar, onde há décadas vivem em barracas famílias de etnia cigana, exaltou os ânimos entre o vereador João Tenreiro (PSD) e o vice-presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), na última reunião camarária. João Tenreiro puxou o assunto criticando o facto de a presidente do município, Anabela Freitas (PS), preferir dar informações sobre o Flecheiro à comunicação social em vez de dar primeiro aos vereadores do executivo municipal.
“Nós, PSD, em 2014, apresentamos um requerimento a perguntar sobre que diligências estavam a ser feitas para resolver a questão do Flecheiro. Até hoje a senhora presidente não nos respondeu mas falou com a comunicação social sobre o assunto. Agora, dois anos depois, voltou a fazer o mesmo. É uma falta de respeito por nós, que também pertencemos ao executivo e deveríamos saber as coisas antes da comunicação social, e pelos eleitores”, criticou.
Tenreiro recordou que há cerca de duas semanas ficaram a saber pela comunicação social que existe uma solução para o Flecheiro e que o projecto já está em andamento. O vice-presidente pediu a palavra para recordar que o problema do Flecheiro se arrasta há cerca de 40 anos e nunca tinham saído famílias desse bairro, o que já aconteceu neste mandato. “Já tiramos algumas famílias de lá e foram realojadas noutros locais. É pouco mas já fizemos alguma coisa. Não temos é divulgado o que vamos fazendo”, disse acusando que o PSD é que gosta de discutir o assunto na praça pública.
O vereador do PSD não gostou das últimas palavras de Hugo Cristóvão e exaltou-se dizendo que o vice-presidente foi “injusto e mentiu”. “O PSD nunca discutiu o Flecheiro na praça pública, ao contrário do PS, nomeadamente através de um deputado vosso a quem já retiraram a confiança política”, disse, referindo-se a Luís Ferreira. E acrescentou: “É a senhora presidente que fala no assunto em praça pública. Vai para a comunicação social dar informações que deveria dar em primeiro lugar ao executivo municipal”, afirmou exaltado Tenreiro.

Será que é desta?
Anabela Freitas afirmou que já disse várias vezes que a solução do Flecheiro passa por várias soluções, nomeadamente a criação de um ou mais parques nómadas e a reabilitação de antigas escolas do concelho e transformá-las em habitação. Neste caso, referiu que a habitação social estaria disponível para todos os cidadãos e não apenas para alguns. “Construir e dar casas sem associar um projecto de integração social é mudar o problema de um lado para o outro”, sublinhou.
A presidente explicou que existe a intenção de alojar um clã de etnia cigana, composto por 25 pessoas, num terreno municipal, junto ao posto da GNR e da estação de comboios, na Avenida António Fonseca Simões. A autarca refere que o processo de adjudicação, no âmbito da contratação pública, deverá demorar cerca de dois meses a que acresce o prazo de execução da obra. A presidente acrescentou que à medida que as famílias saírem do Flecheiro as barracas vão sendo demolidas.

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