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CUF Santarém quer continuar a maximizar o valor que tem para a população

CUF Santarém quer continuar a maximizar o valor que tem para a população

Directora do hospital, Ana Filipa Soeiro, faz balanço de um ano da unidade

O Hospital CUF Santarém faz um ano de vida neste mês de Outubro e durante este tempo recebeu 25 mil clientes, realizou mais de 60 mil consultas, atendeu mais de 13 mil urgências, efectuou mais de 120 mil exames, e operou mais de dois mil pacientes. O hospital foi adquirido em Julho de 2015 pela José de Mello Saúde e em Outubro do mesmo ano concluiu o seu processo de integração na rede de hospitais CUF. A unidade conta com mais de 120 colaboradores e serve uma população de mais de 190 mil pessoas, dispondo de 24 camas para internamento médico-cirúrgico, três salas de bloco operatório e 21 gabinetes, onde se realizam consultas de cerca de 30 especialidades.

O que é que mudou com a CUF em Santarém? Este hospital já era de sucesso. O que fizemos, contando com os colaboradores que já cá estavam, foi dar-lhe uma experiência de 70 anos do grupo José de Mello Saúde. Tornámos o hospital mais acessível, reforçámos o corpo clínico nas diversas especialidades, alargámos a capacidade de resposta em termos de horários e criámos condições com o foco na qualidade e segurança do utente.
Contrataram mais médicos? No último ano entraram cerca de 60 médicos. Neste momento contamos com um quadro de 120 médicos, que permite responder a cerca de 30 especialidades médico-cirúrgicas e só não temos ainda resposta para situações que exigem cuidados intensivos. Mas a médio prazo estamos a planear a construção de uma unidade de cuidados intermédios, que dará resposta a situações mais complexas.
Em que medida as pessoas beneficiam do facto de esta unidade estar integrada num grupo? Estamos em condições de garantir todo o seguimento de um doente. Por exemplo, um doente que precise de cuidados intensivos é avaliado em Santarém e pode ser transferido para uma das nossas unidades em Lisboa, ou na CUF Descobertas ou na Infante Santo em situações relacionadas com cardiologia. Temos vários doentes que foram encaminhados para as Descobertas. Temos resposta dentro da rede.
E relativamente aos profissionais? Temos uma formação transversal a todos os profissionais do grupo, com partilha de conhecimentos e partilha de experiências. A José de Mello Saúde tem uma academia de formação, que capacita internamente toda a equipa médica mas também os outros profissionais de saúde.
O que é diferente numa unidade privada e numa pública? Quando chegámos a nossa preocupação foi estarmos integrados na comunidade e isso também envolve o hospital distrital. O público e o privado não devem estar de costas voltadas e devem funcionar em complementaridade. O que queremos é garantir que somos uma alternativa complementar. E quem ganha com isto é a população. No Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgia (SIGIC), quando o hospital público não consegue dar resposta no tempo máximo de resposta garantido encaminha o doente ou para outro hospital público ou emite um vale cirurgia para que o utente recorra a um dos hospitais privados ou sociais convencionados com o Ministério da Saúde. Temos cativado alguns vales-cirurgia. Esta relação só pode potenciar o que é o valor acrescentado para a população.
Têm conseguido cativar médicos para trabalharem exclusivamente no hospital? Desde que chegámos já temos sete médicos que passaram só a colaborar connosco e que vêem este hospital como o seu hospital de referência. O caminho é ter médicos apenas da casa. Mas há sempre situações de médicos que trabalham no público e no privado.
A abertura do atendimento permanente veio permitir uma maior afluência de clientes? Tem crescido e tem sido reforçada a capacidade em termos de profissionais. Um doente que entre neste serviço tem o apoio em todas as especialidades e isso veio permitir uma maior aproximação à comunidade. Para nós só fazia sentido se o hospital estivesse aberto 24 horas por dia. O atendimento permanente tem tido uma procura crescente, com a ambição de atendermos os doentes de forma rápida e de ter todos os serviços ligados para responder de forma célere.
A rapidez do atendimento é hoje o maior factor de diferenciação dos hospitais? É uma variante cada vez com mais importância. A qualidade e a segurança continuam a ser os mais importantes nos serviços que prestamos mas a celeridade também faz a diferença.
Que tipo de pessoas procura mais o hospital? Em termos de faixa etária, 30 por cento têm mais de 60 anos. Recentemente abrimos uma consulta não programada de pediatria, que vai garantir dar uma resposta às crianças que precisam de ser seguidas. Era algo que tínhamos como objectivo e que era não estarmos abertos apenas para uma faixa etária sénior.
Operaram dois mil doentes num ano. Era uma meta esperada? Foi algo que nos surpreendeu e que revela que o hospital tem valor para a população e é isso que queremos continuar a maximizar.
As pessoas vão às urgências da CUF Santarém porque os serviços públicos de base falham? As pessoas vêm cá porque sabem que esta marca está associada à prestação de serviços de qualidade.
Quais são os objectivos para os próximos anos? Vamos continuar a focar-nos em dois vectores essenciais, que são a segurança do doente e a qualidade dos serviços que prestamos. Depois é crescer, garantir que continuamos a reforçar as nossas equipas e a nossa oferta à população.

Uma jovem saída da universidade para o mundo empresarial

A directora da CUF Santarém representa a aposta nos jovens. Ana Filipa Soeiro tem 32 anos e começou a trabalhar na José de Mello Saúde há 10 anos, assim que saiu da faculdade. Licenciada em Economia na Universidade Nova de Lisboa, iniciou um programa de estágios no grupo empresarial nos serviços de planeamento e controlo de gestão. Um ano e meio depois passou para a direcção de produção do Hospital Infante Santo, em Lisboa. A passagem pela direcção de produção, onde esteve cinco anos e meio, deu-lhe uma visão sobre o negócio, tendo ido posteriormente para a direcção da clínica CUF Alvalade.
Ao fim de quase dois anos na CUF Alvalade, “o grupo desafiou-me a vir para Santarém, era um mundo novo, e tenho abraçado este projecto com muita motivação”, refere Ana Filipa Soeiro. A directora é de Lamego e foi estudar para Lisboa, onde ainda reside, e dirige o Hospital CUF Santarém, onde passa a maior parte dos seus dias, desde há um ano, quando o grupo adquiriu a unidade.
“Aprendi e desenvolvi-me no próprio grupo e é de enaltecer a forma como o grupo aposta nos jovens. Por exemplo, no meu caso, não tinha provas dadas no mercado, não tinha feito nada ainda e apostaram em mim. Isto é de enaltecer”, sublinha.
Ana Filipa Soeiro refere que se consegue chegar a directora de um hospital com “muita resiliência, muita motivação interna e muito gosto pelo desafio e muito trabalho, sentindo que nos desenvolvemos e conseguimos desenvolver os que trabalham connosco”.

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