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Reabertura do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Tomar

Sempre disse e insisto que um edifício hospitalar sem Medicina Interna nunca poderá ser considerado um Hospital mas um Hospital não é só isso. Onde é que há possibilidade de se terem três urgências a funcionar como devia ser nos três Hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Abrantes, Tomar e Torres Novas)? Nunca.
Se um Hospital nem tem capacidade para fazer um Holter (exame que permite o registo continuo do ritmo e da frequência cardíaca durante um período de 24 ou 48 horas, através de um registo electrocardiográfico) a um doente e tem que o mandar para a privada, pode ser considerado um Hospital? Mas o problema é que nem em Tomar, nem em Torres Novas e nem sequer em Abrantes fazem um Holter. Têm falta de aparelhos ou falta de pessoal ou não têm uma coisa nem outra? Ainda há poucos anos tinham. E agora não têm porquê? Nem a CUSMT (Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo) fala nestes pormenores. Eu já passei por isso este ano e um amigo muito recentemente teve que ir a uma clínica a Santarém com a qual o CHMT terá um acordo.
Estes políticos ainda não se aperceberam que é impossível manterem-se 3 hospitais a funcionar em pleno, todos com Unidades Médico Cirúrgicas; todos com Unidades de Cuidados Intensivos; todos com Pediatria; todos com Cardiologia; todos com Urologia; todos com Ortopedia; todos com tudo e mais alguma coisa, especialmente quando a população abrangida está a baixar cerca de 20% com a saída do concelho de Ourém para o Hospital de Leiria.
Carsol
Ora ainda bem que estão a reabrir todos os serviços que tinham fechado no Centro Hospitalar do Médio Tejo. E é mais maravilhoso ouvir estas notícias quando se sabe que não há médicos, nem enfermeiros, nem auxiliares que cheguem para as encomendas, situação que se agravou com a redução do horário de 40 para 35 horas semanais de metade do pessoal (os verdadeiros funcionários públicos).
A seguir devem reabrir as urgências cirúrgicas nos hospitais de Tomar e Torres Novas porque o país está cada vez com mais dinheiro e vai conseguir ter equipas permanentes nessas unidades, para operar a cada hora do dia ou da noite como já teve. Muitos de nós, nomeadamente os que não comem queijo, sabem que na altura, em 365 noites do ano se chegaram a realizar mais de 50 cirurgias de emergência. Nos restantes dias os profissionais, sem nada para fazer, dormiam ou viam televisão, sei lá...o que sei é que eram pagos e que o Centro Hospitalar acumulou dívidas de milhões não para resolver problemas mas apenas para estar preparado para resolver problemas.
Eu até ficaria contente por pagar impostos que esse dinheiro não andasse a ser esbanjado nestas e noutras coisas sem nexo, só para ganhar a simpatia dos eleitores. Agora vamos ter que esperar por um governo de outra cor política para voltar tudo ao que estava antes. E andamos nisto...
J. Eduardo Gameiro

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