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Centro Popular de Cultura e Desporto continua à espera de um pavilhão

Centro Popular de Cultura e Desporto continua à espera de um pavilhão

Colectividade da Póvoa de Santa Iria está a comemorar 40 anos e ambiciona há muito a melhoria das suas instalações.

O presidente do Centro Popular de Cultura e Desporto (CPCD) da Póvoa de Santa Iria, Joaquim Perdigoto, estranhou não ver incluídas verbas no Orçamento da Câmara de Vila Franca de Xira para 2017 destinadas a apoiar a construção de um pavilhão pela colectividade. Uma obra que continua por fazer, apesar do projecto para remodelação do actual polidesportivo descoberto, transformando-o num recinto coberto, ser do conhecimento da autarquia há mais de quatro anos.
“Numa reunião que tive com o presidente de câmara, em Agosto, disseram que estavam disponíveis para ajudar. Disponibilidade todos nós sabemos dizer mas é preciso algo prático. No plano de investimentos para 2017 está contemplado o centro de estágios em Alverca, o campo do Alhandra, contudo sobre o CPCD nada. Tenho esperança que os fundos comunitários do Portugal 2020 vão contemplar esta nossa necessidade”, refere Joaquim Perdigoto que assumiu a presidência do clube há oito meses.
No entanto o dirigente recusa a ideia de que o CPCD é esquecido pelo município. “Fora esta situação com o pavilhão, o município tem ajudado muito o CPCD. Através do PAMA (Programa de Apoio ao Movimento do Associativismo), tem-nos ajudado com a natação, com o futsal. A câmara dá mais de um milhão de euros para as colectividades, mas num concelho como Vila Franca de Xira, onde há centenas de associações, esse milhão de euros não chega. O município sente que um novo pavilhão não é prioritário. Eu não os critico por isso mas tenho de lutar pelos interesses da minha associação”, diz o presidente.
Neste momento os atletas de futsal jogam nos pavilhões das escolas Aristides Sousa Mendes e Dom Martinho. O que acaba por criar encargos muito elevados para o clube e atletas. O CPCD paga à autarquia cerca de 800 euros por mês pelo aluguer do espaço do pavilhão.
Fora isso há também custos com a natação a rondar os dois a três mil euros. Mas o dirigente sublinha que não tem dívidas, apesar de encargos mensais de 10 mil euros. “Somos um clube de pequena dimensão mas um grande clube. Gerimos 500 atletas e temos 1000 sócios pagantes. Isto tem de ser gerido a tempo inteiro e não por carolice”, aponta.
Além do futsal, em que se sagrou, na última época, campeões da segunda divisão distrital de Lisboa, o CPCD tem também karaté, natação, zumba e espera abrir a secção de capoeira para deficientes. A nível cultural a associação apresenta um grupo de música tradicional portuguesa e é possível que no futuro surja a secção de sevilhanas.
O projecto do pavilhão recai na remodelação de um ringue descoberto situado ao lado da sede da colectividade. No entanto a sede tem um pequeno pavilhão onde se fazem bailes, noites de fados, treinos de zumba e karaté. Estes eventos, aliados a torneios de jogos de cartas (sueca) e outras iniciativas acabam, segundo diz o responsável, por aproximar os residentes da associação.
Enquanto não se decide avançar para o pavilhão o dirigente procura manter a vida financeira do CPCD saudável. Aliás Joaquim Perdigoto afirma que o clube não pode limitar-se a fazer ali um pavilhão. “É necessário fazer render a estrutura, pois estes espaços têm custos, não só de limpeza, como de água e luz. Talvez fazer um bar nesse pavilhão, mas iremos pensar melhor nesse aspecto quando o aval para o pavilhão estiver confirmado”, refere o dirigente de 45 anos.

Centro Popular de Cultura e Desporto continua à espera de um pavilhão

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