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Moradores de Alverca queixam-se de maus cheiros junto a ETAR e zona ribeirinha
INCÓMODOS . Alguns moradores têm-se queixado de maus cheiros junto à estação de tratamento de água de Alverca

Moradores de Alverca queixam-se de maus cheiros junto a ETAR e zona ribeirinha

Na última semana houve também relatos de “água amarelada” a correr na ribeira da Verdelha

Alguns moradores de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, que frequentam a zona ribeirinha da cidade onde está também inserida a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), queixam-se de crescentes episódios de maus cheiros junto àquele equipamento.
Na última semana, além dos maus cheiros, houve também relatos de “água amarelada” a correr a céu aberto na ribeira da Verdelha, onde este Verão, recorde-se, quase meia centena patos apareceram mortos depois de uma descarga poluente. As queixas face aos maus cheiros têm aparecido pelas redes sociais e na última semana também Nuno Libório, vereador da CDU na Câmara de Vila Franca de Xira e morador em Alverca, se queixou do problema. “Têm-nos chegado bastantes queixas de maus cheiros junto à ETAR de Alverca, que se estendem até à zona residencial, zona ribeirinha e zona sul da cidade. Gostaríamos de saber qual o problema e se há problemas naquele equipamento”, alertou.
Alberto Mesquita (PS), presidente da câmara, disse desconhecer qualquer problema mas instruiu os serviços para apurar o que se está a passar. A ETAR de Alverca é a maior do concelho e ocupa uma área de 3,9 hectares situada a este da linha férrea do norte e do terminal TIR de Alverca, a sul do depósito de material da Força Aérea. Está também a 800 metros do limite da zona de protecção especial do estuário do Tejo e a 1100 metros do limite da reserva natural do estuário do Tejo. Entrou em funcionamento em Dezembro de 2010 com capacidade para tratar os esgotos de 188.243 habitantes, sendo a sua gestão da responsabilidade do sistema multimunicipal Simtejo.
Aquando da construção da ETAR o estudo de impacte ambiental já reconhecia que o projecto poderia gerar “episodicamente” alguns problemas de maus cheiros nas zonas urbanas e industriais mais próximas e afectar a permanência de algumas espécies de aves. “É uma vergonha que um espaço destes, que devia ser de contemplação da natureza, seja minado de cheiros horrorosos. Então quando chove é terrível, espero mesmo que seja algo temporário senão ninguém consegue parar aqui”, queixa-se António Peres, morador a O MIRANTE.
O vizinho, Alberto Oliveira, acompanha-o numa caminhada e também não esconde as suas reservas. “Há dias em que cheira pior, hoje por exemplo está mais calmo. Mas a semana passada era horrível, até dava vómitos. Quase dava o cheiro lá em cima da ponte”, lamenta.

Moradores de Alverca queixam-se de maus cheiros junto a ETAR e zona ribeirinha

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