O advogado João Álvaro Dias morreu no domingo 25 de Dezembro, em Santo Estevão, concelho de Benavente, vítima de um atropelamento pelo próprio carro. O acidente ocorreu perto das 13h00, num terreno na herdade Mata do Duque 2, propriedade do advogado. Ao que O MIRANTE apurou a viatura estava estacionada num terreno inclinado e começou a descair, tendo apanhado o advogado.
João Álvaro Dias, de 56 anos, natural de Coimbra, tentou imobilizar a viatura, um Rolls-Royce de 1972, mas, acabou por ficar entalado entre a porta do carro e uma árvore. Ao cair ao chão a roda da frente do carro passou-lhe por cima do corpo.
O alerta foi dado pelas 13h10 através da esposa que assistiu ao acidente. A filha, com idade entre os 25 e 30 anos, estava também na propriedade mas não assistiu ao acidente. Os Bombeiros Voluntários de Benavente, ao chegarem ao local, depararam-se com a vítima já sem sinais de vida. No local estiveram duas viaturas da corporação dos bombeiros e a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação. O corpo foi depois levado para a morgue do Hospital Vila Franca de Xira.
João Álvaro Dias foi condenado, em Novembro, a cinco anos e meio de prisão por crime de burla e falsificação de sentenças. O advogado criou um tribunal arbitral em Lisboa, dentro da Quinta do Conde D’Arcos, uma escola de jardinagem da Câmara de Lisboa, onde falsificava sentenças de tribunal de forma beneficiar clientes, que fugiam a credores. Já em 2007 João Álvaro Dias foi condenado a um ano de prisão por beneficiar as notas de alunos da Universidade de Coimbra, onde leccionava na Faculdade de Direito. No entanto acabou por ser amnistiado. Actualmente presidia uma firma de advogados, localizada na Av. Almirante Gago Coutinho (Lisboa) com mais outros três sócios.