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Deputados questionam Governo sobre poluição provocada pela ETAR de Seiça em Ourém

Os deputados do PSD e do PCP eleitos por Santarém apresentaram um requerimento na Assembleia da República, no qual pergunta ao Governo como tenciona resolver os problemas que estão a ser provocados na freguesia da Sabacheira, concelho de Tomar, pelas águas residuais despejadas pela estação de tratamento de Seiça, no concelho de Ourém. Duarte Marques, Nuno Serra e Teresa Leal Coelho, do PSD, consideram “bastante oportuna” que seja dada uma “atenção especial” a um problema que se começa a avolumar no rio Nabão. “A sustentabilidade desta região está colocada em causa”, referem os deputados. Os eleitos pelo círculo de Santarém pretendem saber o que está o Ministério do Ambiente a fazer para combater a poluição, para minimizar os seus impactos e para promover as reformas necessárias para evitar que problemas destes ocorram no futuro.
O deputado António Filipe (PCP) afirma que a freguesia da Sabacheira, “que não assegura à sua população o saneamento básico, recebe os esgotos de Ourém, e fica com o ónus de poluir o Rio Nabão, levando até à cidade de Tomar águas poluídas, escurecidas e espumosas, no que constitui um verdadeiro crime ambiental”.
António Filipe pergunta ainda se o Ministério do Ambiente “tem conhecimento dos danos ambientais provocados pelas descargas da ETAR de Seiça no Rio Nabão, e que medidas tenciona tomar para que seja corrigida a situação existente, de modo a salvaguardar a qualidade de vida das populações afectadas”.
A pergunta de António Filipe surge no seguimento de notícias que davam conta da poluição que atingiu o rio Nabão em meados de Novembro deste ano. (ver edição 7 Dezembro 2016 de O MIRANTE). A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), explicou em sessão camarária, na altura, que a poluição que tem atingido o rio Nabão se deve ao mau funcionamento da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Seiça e também a outras descargas que estão a ser investigadas.
A autarca explicou também que as descargas da ETAR de Seiça, responsabilidade da Câmara de Ourém, são causadas pelo mau funcionamento desse equipamento. “Quanto foi construída não tinha capacidade de tratamento para todos os afluentes que vão para lá. As autoridades estão também a investigar outras descargas que têm existido”, disse, acrescentando que não podia adiantar muito mais informação. Em Novembro foi confirmado que houve uma avaria na ETAR de Seiça e no local estiveram a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza) da GNR a recolher amostras de água para análises.

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