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Rogério Paulo Saraiva Marques Francisco

Rogério Paulo Saraiva Marques Francisco

Agricultor, 49 anos, Salvaterra de Magos

Costuma dar boleia a estranhos?
Não. Só dou boleias a pessoas conhecidas. Faço-o para evitar problemas, nomeadamente em caso de acidentes.
Que político convidava para almoçar e o que lhe dizia?
Todos os nossos políticos são muito prometedores, mas não cumpridores. Raramente concordo com a sua actuação. O meu convite para almoçar seria para o presidente Marcelo, que me parece o mais credível de todos.
O que aproveitaria para lhe dizer?
Explicava-lhe que a vida de agricultor está uma lástima. Falta de escoamento para os produtos agrícolas e pecuários; invasão do nosso espaço por produtos sem qualidade vindos de países terceiros a preços inferiores aos nossos custos reais de produção; os factores de produção estão a preços insuportáveis, nomeadamente combustíveis, energia, descontos sociais e os créditos bancários têm taxas que a lavoura não pode suportar.
O que faz falta na sua terra?
Acesso aos cuidados de saúde. Não temos médicos de família; não temos acesso condigno às urgências nem condições monetárias para recorrer a serviços de saúde particulares.
Qual o seu prato preferido?
Todos os pratos da gastronomia típica portuguesa.
Alguma vez sentiu necessidade de emigrar?
Verdadeiramente nunca senti necessidade de emigrar, embora seja filho de emigrantes mas em determinados momentos a vida é tão madrasta que chego a sentir necessidade de sumir daqui para fora. No entanto passa depressa, porque sou português e amo verdadeiramente e orgulhosamente o nosso país.
Gosta de conduzir ou que outros conduzam?
Sempre gostei de conduzir. Aos cinco anos já conduzia o empilhador e pouco tempo depois comecei a manobrar os tractores da casa. O meu gosto pela condução mantém-se intacto mas ser conduzido não me causa qualquer desconforto.
O que acha das redes sociais?
As redes sociais aproximam-nos uns dos outros, porque com facilidade podemos comunicar ou navegar, conviver e saber do alheio. Tenho página no facebook mas frequento pouco. Não é a minha perdição.
Se pudesse para onde viajaria amanhã?
Para um local onde pudesse dar mais felicidade à minha família.
Os homens hoje dão mais atenção ao trabalho do que à família?
Penso que não. Pelo menos no meu caso não é assim. Embora o trabalho seja uma necessidade a família é claramente prioritária.
Alguma vez pediu o livro de reclamações em algum estabelecimento?
Nunca pedi o livro de reclamações. Por vezes se as coisas correm menos bem, temos que nos lembrar que o erro é humano e nós também erramos.
Qual é a melhor forma de aliviar o stress?
Não é frequente sentir-me stressado! Tenho um trabalho exigente, que me absorve as coisas boas e más no meu dia a dia.
Costuma ir votar?
Sim, claro. Vou sempre votar.
As férias têm que ser planeadas ou gosta de ir à aventura sem destino marcado?
O planeamento das férias é feito com antecedência. Faz parte da organização pessoal. No entanto, por vezes sucede partir inesperadamente à aventura.
Praia ou campo?
Quase sempre a praia, por causa das crianças.
De que objecto nunca se separa?
O objecto que nunca me separo é do telemóvel, porque faz cada vez mais parte da nossa vida.
Costuma dar esmolas?
Por hábito não dou dinheiro mas é frequente dar um pedaço de pão com conduto, ou um pratinho de sopa.
O que fazia se lhe saísse um jackpot no euromilhões?
Boa pergunta! Se me saísse o euromilhões tentava viver melhor, ajudava os outros, os doentes, os carenciados, os sem tecto, comida, roupa, os desprovidos de amigos e família.
Um amigo oferece-lhe um bilhete para ir a um estádio ver um jogo de futebol. Aceita?
Embora não seja amante de futebol, aceitava o bilhete e agradecia.

Rogério Paulo Saraiva Marques Francisco

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